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Secretaria de Estado da Saúde alerta para o risco do sarampo no retorno das férias: a vacina é a melhor forma de prevenção
19/01/2015

São Paulo é o estado com maior trânsito nacional e internacional de pessoas e produtos, rotineiramente. Na época de férias esse trânsito se intensifica ainda mais e coloca o sistema de vigilância em saúde em alerta para a entrada de agravos que, mesmo sob controle em território paulista, constituem problemas de saúde pública em diversos países ou mesmo em outros estados da federação. 
 
O sarampo é um desses agravos para o qual o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde emitiu alerta sobre o risco potencial da introdução do vírus por meio de viajantes. 
 
“Neste período de retorno de férias de verão, e considerando a agenda de eventos de no Estado em 2015, alertamos para a importância da atualização de todas as vacinas, principalmente contra o sarampo e rubéola, de acordo com o calendário estadual de vacinação. Esse alerta é para a população em geral, mas em especial para profissionais da saúde, educação e turismo. A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais segura e eficaz contra o sarampo, protegendo também contra a rubéola e a caxumba”, informa Telma Carvalhanas, diretora de doenças respiratórias do CVE.
 
O CVE recomenda aos profissionais da saúde atenção reforçada a todos os casos de febre e exantema (manchas na pele) para verificar se são suspeitos de sarampo (e ou rubéola). Alerta também para a necessidade de manter vigilância atenta para a detecção precoce, notificação oportuna e resposta rápida a todo caso suspeito de sarampo. O objetivo é assegurar a interrupção da circulação do vírus, caso ela ocorra.
 
Para a população a orientação é: ao apresentar febre e exantema, evitar contato com outras pessoas até ser avaliado por profissional de saúde.
 
Formas de transmissão e sintomas
 
O sarampo é transmitido de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou espirrar.  O período de incubação é de 7 a 18 dias. A transmissão ocorre cerca de 5 dias antes a 5 dias após o aparecimento de manchas na pele. É uma doença altamente contagiosa que pode apresentar complicações sérias como pneumonia, diarreia e encefalite, podendo levar a óbito.
 
Situação epidemiológica
 
Casos de sarampo continuam ocorrendo em diferentes regiões do mundo, com surtos recentes em países da Europa Oriental, Paquistão, Vietnã e Filipinas, com descrição de cadeias de transmissão relacionadas a eventos de massa.
 
Em 2014, até 27 de dezembro, foram registrados nas Américas 1786 casos de sarampo e 4 casos de rubéola. Destes, 614 casos de sarampo e 1 caso de rubéola ocorreram nos Estados Unidos, e 512  casos de sarampo e 1 de rubéola no Canadá. O México registrou 2 casos de sarampo, e a Argentina 2 casos de rubéola. 
 
Em 07 de janeiro de 2015 o estado da California, nos Estados Unidos, confirmou um aglomerado de 11 casos de sarampo com histórico de visita a popular parque turístico do estado, no período entre 15 e 20 de dezembro de 2014. As investigações estão em curso em 3 estados americanos.
 
O Brasil registrou, até dezembro de 2014, 671 casos de sarampo, número recorde em território nacional, e 1 caso de rubéola.
 
Os casos de sarampo se distribuíram nos seguintes estados: Rio de Janeiro (02) São Paulo (07), Pernambuco (24) e Ceará (654).
 
Em outubro de 2014 houve a confirmação de 1 caso importado de rubéola no Rio de Janeiro, em viajante procedente das Filipinas.
No estado de São Paulo 7 casos de sarampo foram confirmados em 2014, em 4 deles a vigilância epidemiológica não identificou vínculo com fontes externas (viagens ou viajantes).
 
Informações complementares em www.cve.saude.sp.gov.br 
 

* Informações da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo