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Atibaia recebe evento de saúde para falar de alternativas de gestão
16/04/2010

CAMPINAS - Gestores hospitalares, representantes de secretarias de saúde e empresas do setor estiveram reunidos, semana passada, em Atibaia, no 19º Congresso da Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes), para discutir alternativas de gestão para minimizar o impacto sofrido pelos hospitais que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS) - rede que não sai do vermelho. A dívida dos hospitais beneficentes ultrapassa R$ 1,5 bilhão. Uma disparidade quando falamos do maior conglomerado hospitalar do País, que responde por mais da metade das internações em vários Estados - como São Paulo (cerca de 60%). Em muitas das cidades paulistas (56%), o hospital filantrópico é o único do município, senão da região. A aliança entre sustentabilidade e proposição de alternativas para elevar a eficiência da gestão dos hospitais filantrópicos foram temas que dominaram o congresso. Hoje (26), será apresentado ao Conselho de Municípios da Alta Mogiana (Conam) o projeto que define alternativas aos hospitais de pequeno porte (HPP) na rede do SUS do interior do Estado de São Paulo. Três membros da comissão técnica que acompanha o trabalho estiveram na Espanha e Portugal para conhecer modelos aplicados por lá. A viagem permitiu ao grupo conhecer s experiências das santas casas europeias, que enfrentaram cenário semelhante há oito anos e chegaram ao modelo atual nomeado Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), dividido nos grupos: convalesça, média duração e reabilitação, longa duração e manutenção, cuidados paliativos e equipe domiciliares. O projeto HPP é voltado à região da cidade de Franca, formada por 22 cidades que somam cerca de 650 mil habitantes (50% deles de Franca), 9% dos quais idosos e assistidos essencialmente pelo SUS, refletindo o panorama nacional. O cenário nos nove hospitais de pequeno porte da região é: leitos sobrando, com taxa de ocupação abaixo de 50%, sendo que 53% das internações poderiam ser evitadas. Foi pensando em alternativas que permitissem a viabilização da rede e, ao mesmo tempo, a oferta de serviços até então indisponíveis à população local, apoiada em qualificação e humanização da assistência, que, desde o ano passado, a Fehosp investe em estudo. Segundo a proposta, os hospitais trabalharão de forma integrada, em rede. As equipes de alta hospitalar identificarão os pacientes que necessitam de cuidados prolongados. As coordenadorias regionais indicarão qual o tipo de unidade que deve recebê-los para o devido encaminhamento. No modelo europeu, os cuidados oferecidos visam a um processo terapêutico aplicado por equipe multidisciplinar e forte apoio da família.