SUS já amarga déficit de R$ 50 bilhões.
07/06/2016
Enquanto o governo interino de Michel Temer, deputados federais e senadores tentam desvincular a receita dos impostos pagos pelos cidadãos para dar ao Executivo maior liberdade no uso dessa verba pública, gestores trabalhadores e usuários da saúde e da educação temem cortes e cobram prioridades à essas áreas com indicadores distantes do ideal. O Brasil precisa ampliar a educação infantil ( 0 a 5 anos ),diminuir a evasão nas classes seguintes, ao mesmo tempo que necessita vencer a mortalidade infantil e materna, preservar avanços na atenção básica e ampliar a saúde especializada. Antes de futuros cortes, o SUS já amarga déficit de R$ 50 bilhões ( quase 50% do seu orçamento ), conforme ex-gestores do Ministério da Saúde. E nunca recebeu os 30% da seguridade social que lhe cabem desde a Constituição Federal de 1988. "Somos contra qualquer retirada dos recursos da saúde. Os previstos em lei já são insuficientes". Reduzir a participação da União nessa conta só agrava a situação dos municípios. A desvinculação em todos os níveis de governo é prejudicial", avalia Gessyane Paulino, Presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de Pernambuco. Ela lembra que desde o início da década de 2000 houve expansão da rede SUS, com a abertura de novos hospitais, das Unidades de Pronto-Atendimento ( UPAS ) e de Postos de Saúde.
uol- Jornal do Commercio