Hospitais filantrópicos não devem retomar as cirurgias de mutirão por falta de recursos em SC
21/07/2016
As entidades hospitalares de SC, AHESC-FEHOESC-FEHOSC (Associação e Federação dos Hospitais de SC e Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de SC), reuniram nesta sexta-feira, 24 de junho em Florianópolis, gestores de todo estado, para debater o agravamento da crise no setor. Um dos temas dominantes foi sobre a adesão ou não por parte dos hospitais para voltar a realizar as cirurgias de mutirão, prevista para 1 de julho, conforme anunciou o governo do estado. O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Santa Catarina, Hilário Dalmann, afirma que "os hospitais não tem condições de voltar a realizar os serviços sem recursos, o governo precisa pagar a dívida, senão há sérios riscos da população ficar sem atendimento até mesmo na urgência e emergência". Num levantamento prévio, 47 hospitais aguardam o pagamento de 37 milhões de reais, mas o montante da dívida é superior, já que ao todo, 180 hospitais privados e filantrópicos atendem SUS em Santa Catarina. Esta rede é responsável pelo atendimento de 70% da população. Um levantamento aponta que nos últimos 12 meses, 228 hospitais filantrópicos fecharam as portas no país. "Nosso temor é que este número possa crescer ainda mais, se medidas urgentes não forem tomadas", alerta o presidente da FEHOESC e Confederação Nacional de Saúde, Tércio Kasten. O gestores também aguardam a votação na ALESC, do PL 171, marcada para dia 05 de julho, que trata da criação do Fundo Estadual de Apoio aos Hospitais Filantrópicos. As entidades também estão no aguardo da solicitação de uma audiência com o governador de SC, Raimundo Colombo. Segundo o presidente da AHESC, Altamiro Bittencourt, "este encontro é de extrema importância para garantirmos a sobrevivência dos hospitais e por consequência o atendimento à população que mais precisa".
Revista Saúde Catarinense