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HOSPITAL DE BASE DE RIO PRETO É PRIMEIRO CENTRO MÉDICO DO INTERIOR DO BRASIL CREDENCIADO PARA TRANSPLANTE DE PULMÃO
30/08/2016

O Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP) realizou, na madrugada de quarta para quinta-feira (25), o primeiro transplante de pulmão de sua história. O procedimento ocorre nove meses depois de a instituição ter sido a primeira do interior do Brasil e a oitava do país a ser credenciada pelo Ministério da Saúde para fazer este tipo de procedimento.

O pulmão foi transplantado no aposentado Antônio Pelaio Dias, de 53 anos, morador de Votuporanga (SP), o primeiro paciente do HB inscrito na lista de espera, no dia 2 de dezembro de 2015, uma semana depois do credenciamento do HB. O paciente está internado na UTI, procedimento padrão em se tratando de uma cirurgia da complexidade do transplante, e seu estado de saúde é estável.

Dias recebeu o pulmão de uma mulher de 58 anos, de Araçatuba (SP), cidade a 150 quilômetros de Rio Preto. O órgão foi retirado pelos cirurgiões torácicos Henrique Nietmann, chefe do Serviço de Transplante de Pulmão do HB, e Isaac Faria Rodrigues. A retirada e o transporte de avião ocorreram com o apoio de profissionais da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do HB.

O primeiro transplante começou às 23h de quarta-feira (24), sendo realizado por Nietmann e os cirurgiões Francisco Cury, chefe do Departamento de Cirurgia Torácica do HB, Henrique, Isaac Faria Rodrigues e Celso Murilo Faria. O procedimento durou sete horas e mobilizou mais de 15 profissionais da instituição, entre cirurgiões, anestesistas, enfermeiras e equipes de apoio do Centro Cirúrgico.

O diretor-executivo da Funfarme, Dr. Horácio José Ramalho, ressaltou o empenho dos profissionais do Serviço e toda a comunidade da Funfarme para que o pulmão fosse incorporado ao rol de transplantes da instituição. “Durante três anos de muito trabalho, iniciado em 2012, o Hospital de Base não mediu esforços para capacitar os profissionais nos principais centros transplantadores do Brasil e do Canadá”, afirmou.

Um dos centros de referência em transplantes no Brasil, o complexo Funfarme, formado pelo HB e o Hospital da Criança e Maternidade, já realiza também transplantes de córneas, rins, fígado, coração, pâncreas e medula, desde 1990. Nestes 16 anos, já ocorreram mais de 4.300 procedimentos.

Serviço de Transplante de Pulmão do HB

Outros dois pacientes do Serviço de Transplante de Pulmão do HB aguardam na fila por um órgão. Além destes, 28 pacientes, vindos de toda a região, estão em tratamento de várias doenças. Na assistência a eles e seus familiares, estão 12 médicos cirurgiões, pneumologistas, infectologistas e intensivistas, além de fisioterapeutas, biomédicos, enfermeiros, nutricionistas e assistentes sociais e apoio administrativo, num total de 25 profissionais, além do respaldo de todas as outras áreas do hospital.

O projeto de implantação do Serviço no Hospital de Base iniciou-se em 2012. Para viabilizá-lo, o cirurgião torácico Henrique Nitmann adquiriu conhecimento e experiência ao trabalhar no Hospital da Universidade de Toronto, no Canadá, onde foi realizado o primeiro transplante de pulmão no mundo, em 1986, e considerado um dos principais centros de referências neste procedimento.

Dr. Rafael Musolino, pneumologista do Hospital de Base, explica que o Serviço realiza acompanhamento ambulatorial e médico dos pacientes para assegurar o seu bem-estar e as melhores condições físicas e psicológicas. “Na Funfarme, os Serviços de Transplante contam com uma infraestrutura hospitalar como poucas no Brasil, dotada de UTIs, centro de reabilitação, laboratórios de imunologia e microbiologia, centro cirúrgico, serviços de diagnóstico por imagem, de hemodinâmica e de radiologia, ambulatório, hemocentro e farmácia de alto custo”, salienta Dr. Mussolino.

“No centro de reabilitação, por exemplo, eles fazem exercícios orientados para melhorarem o condicionamento físico e a capacidade respiratória. São requisitos fundamentais para que, ao receberem o pulmão, esses pacientes possam ter a melhor recuperação pós-cirúrgica possível”, diz um dos fisioterapeutas responsáveis pela setor de reabilitação torácica da Funfarme, Leandro Gomes Mendonça.


Fonte: Revista Hospitais Brasil