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CENTRO DE SAÚDE MENTAL DA SANTA CASA TEM PACIENTES NO CHÃO
28/09/2016

Paciente no chão, falta de medicamento e cancelamento de exames. Essa é a realidade do centro de atendimento integrado à saúde mental, que faz parte da Santa Casa da capital paulista. Lá, falta quase tudo e sobra indignação de quem precisa de atendimento médico, conforme reportagem desta quarta-feira (28) do Bom Dia São Paulo. Esse é mais um reflexo da crise na instituição.

“O psiquiatra me deu a receita para conseguir o remédio por fora. Tem como retirar ele em CAPs só que a gente não conseguiu então pegou e comprou”, afirma Viviane Santos do Nascimento, parente de um paciente internado.

No local, são realizadas normalmente 400 consultas por dia e 10 mil atendimentos ambulatoriais por mês. O atendimento, porém, está prejudicado. Onze exames estão suspensos, entre eles o de colesterol total e frações e a bilirrubina, que identifica a icterícia nos recém-nascidos.

Funcionários do hospital, que não querem gravar entrevista, dizem que a cozinha foi fechada em dezembro do ano passado e que a alimentação dos pacientes é feita com marmitas congeladas que são esquentadas no micro-ondas.

Funcionários também dizem que falta recurso até para colocar combustível nas ambulâncias. Por causa disso, pacientes que deveriam ser levados para outras unidades para fazer exames acabam permanecendo no centro sem fazer os exames. Sem saber que estava sendo gravada, uma funcionária confirma o problema.

Nas redes sociais circula uma petição pública para conseguir recursos federais para a Santa Casa. É um pedido de socorro assinado pelo movimento Santa Casa Viva.

O centro de atenção integrada à saúde mental disse que tem apenas 12 leitos de observação e que, quando o número de pacientes excede o limite, eles fazem a acomodação sempre visando a segurança dos pacientes.

 

Já sobre o pedido de compra de medicamentos, o hospital explicou que isso não acontece.


A Santa Casa disse também que por causa da crise, há dois meses e meio as cirurgias eletivas foram canceladas. A medida é para não oferecer nenhum risco aos pacientes.

Mas, independentemente de qualquer desculpa ou medida preventiva, os problemas existem. Os pacientes estão insatisfeitos e do jeito que está é complicado, é muita reclamação e descaso com a saúde pública.


Fonte: G1 São Paulo