SEM ACORDO, 13 MIL MÉDICOS RESIDENTES DECIDEM PELA PARALISAÇÃO.
07/11/2016
Os médicos residentes de São Paulo deliberaram na quinta-feira (3) na manifestação na Avenida Paulista, em frente ao MASP, pela paralisação das atividades caso não houvesse acordo com a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, sobre o reajuste da bolsa, que deveria ter ocorrido a partir de março, conforme definido na Portaria Interministerial n° 3, de 16 de março de 2016. O Governo do Estado de São Paulo foi o único no Brasil a não cumprir com o reajuste das bolsas, informa a AMERESP
Do MASP cerca de 700 residentes se encaminharam para Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, onde um grupo de representantes, presidente e diretores da Associação dos Médicos Residentes de São Paulo (AMERESP), se reuniu com Dr. Haino Burmester, Coordenador de Recursos Humanos da SES, Dr. Nosor Oliveira Filho e Dra Irene Abramovich (Coordenadora da Residência Médica dentro da secretaria).
Não houve proposição de nenhuma solução ou previsão de repasse do reajuste, assim os residentes manterão o que ficou decido na reunião mais cedo, caso não houvesse acordo, pela paralisação a partir de 10 de novembro, por tempo indeterminado. A greve mobilizará 13 mil residentes do estado e destes, 6.600, aproximadamente, ainda não receberam o aumento devido.
Os médicos residentes que recebem a bolsa pelo município tiveram o seu reajuste pela Portaria Municipal 1904/2016-SSM. Foi publicada dia 20 de outubro, mas com efeitos a partir de novembro e ainda não ficou definido o pagamento dos retroativos dos oito meses a partir de março/16. O retroativo deve ser colocado no orçamento 2017. As negociações ocorrem junto aos vereadores na comissão da saúde, com apoio da atual e próxima gestão municipal.
A Associação dos Médicos Residentes de São Paulo (AMERESP) informa que a negociação sobre o reajuste conta com o aval da Comissão Nacional de Residência Médica, órgão ao qual todos os serviços de residência médica credenciados pelo MEC estão submetidos.
A Portaria Interministerial n° 3, de 16 de março de 2016, que determinou o pagamento de um aumento de 11,9% a partir do mês de março, foi a formalização do acordo feito no final de 2015 e a conquista do reajuste foi produto do Movimento Nacional de Valorização da Residência, que envolveu residentes de todo país durante a paralisação do final de 2015 que batalhou por outras oito pautas tão importantes quanto a questão do reajuste.
Os médicos residentes cujas bolsas são pagas pelo Ministério da Educação e Ministério da Saúde estão recebendo os valores corrigidos, conforme acordados no final do ano passado, com os valores a partir de março.
Fonte: Revista Hospitais Brasil