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DETECÇÃO PRECOCE DO ALZHEIMER ATRAVÉS DA FALA
18/01/2017

A essência de uma pessoa está em sua memória. Sem ela, perdemos nossa identidade, nossas ideias e nossos sentimentos. Por isso, sofrer com uma doença como o Alzheimer é aterrador para nós. Parece-nos inconcebível continuar respirando ou caminhando sem ser quem somos.

Por isso, muitos cientistas dedicam grande parte de sua vida a lutar contra esse fenômeno. Infelizmente, sua cura não está próxima; em compensação, progredimos muito em termos de um diagnóstico precoce.

Entre os avanços, destaca-se o método de uma equipe de engenheiros biomédicos da Universidade do País Basco (UPV). Eles descobriram como realizar a detecção precoce do Alzheimer através da fala.

Trata-se de um exame nada agressivo. Tanto é que os pacientes não se dão conta de que estão sendo avaliados. Consiste em examinar sua capacidade de falar e recordar palavras,enquanto eles contam alguma historia. É mais seguro que a clássica repetição de uma sequência de palavras, levando em conta que os avaliados estão conscientes do controle. Quando uma pessoa percebe que está sendo examinada, fica nervosa e pode cometer mais erros.

Uma vez que existem suspeitas do Alzheimer, o mais comum é iniciar um processo bastante agressivo de exames. Exames de sangue, ressonâncias magnéticas, etc. Isso é um verdadeiro calvário para os pacientes, ao mesmo tempo em que implica um alto custo para o sistema de saúde. No entanto, a detecção precoce do Alzheimer através da fala veio para melhorar essa situação.

O possível paciente tem apenas que contar alguma anedota de sua vida, num ambiente relaxado. Enquanto isso, o médico grava a conversa, para detectar alterações no relato. Um dos primeiros sintomas que se apresentam é esquecer as palavras, inclusive quando ainda não se está imerso na doença.

De repente, custa à pessoa lembrar-se de termos cotidianos, como torrada ou escova. Elas não se apagaram da mente, mas a pessoa tem dificuldade em procurar em seu cérebro para encontrar a palavra exata para o que deseja comunicar.

Os pesquisadores da UPV advertem sobre a importância do novo método, já que mais de 46 milhões de pessoas no mundo sofrem com esta doença. Além disso, estima-se que, no caso de não serem encontradas novas soluções, nos países desenvolvidos, essa cifra aumente.

Por isso, é muito importante que sejam colocadas em prática técnicas como a detecção precoce do Alzheimer através da fala. Será possível, assim, lutar contra este mal quando o cérebro ainda não está prejudicado.

Os benefícios do estudo se demonstram pelas instituições que o apoiam. Entre elas, se encontram prestigiadas universidades espanholas, como também diferentes associações de familiares e amigos de pacientes com Alzheimer.


Fonte: Saúde Catarinense