CORUJÃO DA SAÚDE FAZ 250 MIL EXAMES EM 60 DIAS, DIZ PREFEITURA DE SÃO PAULO
14/03/2017
O programa Corujão da Saúde, criado pela atual gestão da Prefeitura de São Paulo para zerar a fila de espera por exames médicos, realizou, entre janeiro e esta segunda-feira (13), 250 mil exames na rede pública e privada conveniada da capital paulista.
Promessa de campanha do prefeito João Doria (PSDB), a meta inicial era realizar 485, 3 mil exames em 90 dias. O secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, garantiu que em duas semanas os agendamentos de pedidos herdados da gestão anterior, que ainda representam a maior parte dos atendimentos do programa, estarão finalizados.
Segundo estatística da Prefeitura, a fila de exames caiu 67,4%. O número considera os 250 mil já feitos mais 77 mil 820 que foram retirados da espera por terem sido realizados em outro lugar e 68 mil pedidos com prazo superior a 180 dias - nesse último caso, os pacientes devem ser encaminhados para a reavalização para confirmar a necessidade do exame.
Ainda segundo a gestão municipal, apesar de o programa ter sido criado com a proposta (e nome) de que os exames fossem feitos ao longo da madrugada, a grande maioria foi realizada em outros horários. A Prefeitura informa que "identificou capacidade ociosa no meio da tarde e início da noite."
A secretaria municipal de Saúde revela que 160 mil exames ainda precisam ser agendados. Desse montante, 50 mil são de pedidos feitos no final de 2016. "Temos que fazer os exames que estão entrando e os exames do passado", afirmou Pollara. O secretário também revelou que há 50 mil exames agendados em janeiro que ainda não foram realizados.
"Normal, isso é uma coisa normal. Na realidade nós não tínhamos a expectativa de assumir esse compromisso, de que nós teríamos os exames feitos em 30 dias, justamente pelo estoque do passado", minimizou. A expectativa da Prefeitura é conseguir reduzir o prazo da espera (da data do pedido até a realização) para até 30 dias a partir do dia 10 de abril.
Cerca de 15% dos 250 mil exames foram feitos em hospitais particulares. São 34 instituições privadas habilitadas e oito em análise. No Hospital Albert Einstein foram realizadas 345 tomografias. No Hospital Municipal Vila Santa Catarina, centro médico público gerido pela irmandade, foram feitos 374 exames, sendo 220 tomografias e 153 ressonâncias magnéticas.
Paciente cobra cirurgia
Os números foram divulgados na tarde desta segunda-feira (13) pela Prefeitura na sede do Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.
O prefeito João Doria visitou as instalações do hospital acompanhado do secretário municipal de Saúde, e escoltado pelo secretário estadual de Saúde, David Uip, e também pelo governador Geraldo Alckimin, que figuraram no evento municipal. O prefeito entregou exames a duas pacientes e foi cobrado por uma delas sobre a espera para conseguir realizar cirurgias.
"O problema de cirurgia é muito mais complexo. Eu costumo dizer que nós não temos ociosidade do cirurgião. Nós temos ociosidade nas máquinas. Vamos ter que fazer com os nossos recursos mesmo", respondeu minutos depois, à imprensa, Pollara.
Fonte: G1 São Paulo