FALTA DE NORMAS SEGMENTADAS DIFICULTA MERCADO DE PLANOS FILANTRÓPICOS
18/04/2017
Os hospitais que mantêm planos de saúde próprios enfrentam muitas dificuldades para se manter no mercado. Além da atual crise econômica, que tem reduzido o número de postos de trabalho e, consequentemente, o número de beneficiários dos planos de saúde, a regulação do Setor, realizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também representa um impacto.
Para os hospitais filantrópicos, que começaram a operar os planos de saúde para subsidiar o atendimento SUS, a falta de normas específicas para o segmento é um grande problema. De acordo com Eduardo Kipman Cerqueira, gestor do plano de saúde São Francisco Vida, do Hospital São Francisco de Assis (HSFA), em Jacareí (SP), “a regulamentação do setor é importante, mas a forma que a ANS atua, sem atenção para a realidade das operadoras e do mercado, gera um impacto financeiro muito grande para acompanhar, manter e cumprir as exigências”.
Com uma carteira de 21 mil vidas, sendo 60% de planos individuais/familiares, Kipman diz que a dificuldade econômica interfere na manutenção dos clientes, ocorrendo grande inadimplência, rescisão e cancelamento de contratos, mas a empresa mantém o investimento na divulgação comercial e institucional da operadora; atuar na cobrança, flexibilizando acordos de inadimplentes; e busca melhoria contínua nos processos para controle das despesas assistenciais e administrativas.
Fonte: CMB/RSF