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HOSPITAL SÃO PAULO NÃO TERÁ REAJUSTE NO SUBSÍDIO, DIZ MINISTRO
24/04/2017

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta segunda-feira (24) que não vai conceder nenhum tipo de reajuste no subsídio que é pago atualmente ao Hospital São Paulo. A unidade passa por uma grave crise financeira e pediu um maior aporte do governo federal para não reduzir ainda mais o atendimento à população - as internações eletivas (agendadas) estão suspensas desde 30 de março.

Segundo o ministro, o Hospital São Paulo já recebe os valores da tabela SUS e conta com o Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social (Cebas), que o isenta de impostos. Além disso, tem metade da sua força-trabalho paga pelo governo federal e o auxílio do Rehuf, recurso destinado a hospitais universitários, que lhe garante mais R$ 40 milhões anuais.

"Eu não tenho como ajudar mais quem já tem muito mais do que os outros. Se eles tem dificuldades, imagine todos os demais. Então, eu não aceito esse tipo de 'vou fechar, vou parar'. Eles precisam fazer a lição de casa, cumprir a sua obrigação, enxugar a máquina e usar o dinheiro para colocar a saúde na porta da população", disse Barros.

O Conselho Gestor do Hospital São Paulo pede um reajuste de R$ 1,5 milhão por mês ao Ministério da Saúde para diminuir o déficit em suas contas, que estão no vermelho há pelo menos cinco anos. A administração da unidade também sugeriu que a Prefeitura de São Paulo colaborasse com recursos, além de fornecer pacientes.

Conforme balanço financeiro divulgado por sua diretoria na última semana, a receita do Hospital São Paulo é de R$ 568,9 milhões, sendo 47,8% do orçamento federal (gasto com funcionários), 31% do convênio com o SUS, 9,1% do orçamento estadual, 7,3% do Ministério da Educação, já que se trata de um hospital universitário, e o restante oriundo de outras fontes. As despesas, entretanto, são maiores, e giram em torno de R$ 603,5 milhões, o que resulta em um déficit de R$ 34,6 milhões.

Para o ministro Barros, os números estão desequilibrados devido ao alto gasto do hospital com com sua parte administrativa. "Pedi para o hospital diminuir os seus custos. Colocar os seus recursos a trabalhar pela sociedade e não a serem consumidos pela estrutura administrativa que tem lá", afirmou.


Fonte: G1 São Paulo