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SANTA CASA DE BELO HORIZONTE COMEÇA A REABRIR LEITOS, DIZ DIREÇÃO
10/07/2017

Cem leitos foram reabertos na Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, de acordo com o diretor de Finanças, Recursos Humanos e Relações Institucionais, Gonçalo Barbosa. No início do ano, a internação foi suspensa em 430 leitos em função de problemas financeiros. Um dos fatores que levaram à reabertura, segundo a direção do hospital filantrópico, foi a assinatura de um contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte que aumenta os valores pagos por internação, consultas e exames.

Houve um acréscimo nos repasses feitos pelo município por procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), passando de R$ 21,5 milhões para R$ 24 milhões ao mês, segundo o diretor. Barbosa esclarece que parte do montante é recurso do governo federal, que chega ao Fundo Municipal de Saúde, e parte se refere ao que legalmente deve ser destinado pela prefeitura.

“Este recurso novo vem do Plano Operativo Anual, que estava sem assinatura desde 2013. Foram pactuadas novas metas e a prefeitura está fazendo um aporte de recursos”, afirmou o diretor. O contrato foi assinado na última quinta-feira (6), com vigência retroativa a dia 1º, já permitindo a reabertura de leitos na última semana.

Procuradas pelo G1, a Prefeitura de Belo Horizonte e a Secretaria Municipal de Saúde ainda não se manifestaram sobre a assinatura.

Ainda segundo a direção da Santa Casa, houve redução no número de leitos pactuados com a prefeitura, e a previsão é que, até o fim do mês, o hospital tenha 930 abertos, número inferior à capacidade – que é de 1.086 leitos.

“Com o mesmo recurso que ela [prefeitura] trabalhava antes, ela nos compra menos leitos, então o valor leito aumenta. E colocou mais algum dinheiro também. É um repasse fixo, mas vinculado à produção, a metas. Se eu cumprir o que nos pactuamos, esse dinheiro vem”, disse Barbosa.

Crise financeira

Até o ano passado, 1.037 leitos eram mantidos na Santa Casa. Contudo, em março e abril de 2017, o hospital fechou 430 leitos, alegando crise financeira em função de uma dívida do governo estadual e à falta de reajuste nos procedimentos. Para evitar demissões, o hospital afirmou que foi necessário dar férias coletivas para centenas de funcionários.

Neste ano, a Santa Casa recebeu incentivos que ajudaram a equilibrar as contas. Em 4 No dia 4 de junho, o prefeito Alexandre Kalil anunciou um repasse emergencial de R$ 4 milhões. Na mesma data, duas portarias garantiram acréscimo anual de R$ 14,4 milhões nas transferências feitas pelo governo federal.

Dias depois, a Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte informou que recebeu R$ 4,4 milhões do governo do estado, valores que permitiram colocar os impostos federais em dia. O hospital ainda espera receber R$ 19 milhões – valor da dívida em junho.

 


Fonte: G1 MG, Belo Horizonte