ROBÔ AUXILIA NO DIAGNÓSTICO DE SEPSE NO HOSPITAL MÁRCIO CUNHA
14/08/2017
O Hospital Márcio Cunha (HMC), de Ipatinga (MG), é o segundo do país a implantar o Robô Laura, ferramenta que auxilia a equipe multidisciplinar – grupo composto por profissionais que atuam em diferentes áreas da saúde – no diagnóstico de sepse. A síndrome surge como resposta do organismo a um quadro médico e é comumente conhecida por “infecção generalizada”, podendo causar falência de múltiplos órgãos.
Trata-se do primeiro robô cognitivo no gerenciamento de risco assistencial e que faz parte da meta “Salvar Vidas”, da equipe Laura Networks. Por meio da leitura de exames e dados vitais, em tempo real e de forma sistêmica, o Laura avalia o estado de saúde do paciente, identificando os primeiros sintomas de sepse. Caso positivo, ele emite alarmes para a equipe multidisciplinar de forma rápida, precisa e segura.
No HMC, o objetivo é reduzir a morbidade e mortalidade pela síndrome em pacientes hospitalizados. De acordo com dados do Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS), 600 brasileiros morrem todos os dias por sepse.
Para o superintendente Geral de Hospitais da FSFX, Mauro Oscar Soares de Souza Lima, “a área da saúde precisa acompanhar outros setores do desenvolvimento humano, a exemplo da Tecnologia da Informação, utilizando novas ferramentas para cuidar da vida”. A opinião é compartilhada pela coordenadora de Segurança Assistencial, Ensino e Pesquisa, Vivian Ribeiro Miranda. “o Robô Laura é uma tecnologia muito bem-vinda, porque facilita o trabalho de médicos e possibilita tratar mais pacientes”, explica.
No final de julho, o hospital realizou treinamento especial para os colaboradores e parceiros envolvidos na implantação do Robô. A atualização foi realizada pelo analista de Sistemas, Jacson Fressato, criador do projeto “Sonho de Laura”, em homenagem à sua filha, que morreu aos 18 dias de vida vítima de infecção. “Informação é um tesouro, matéria prima da solução. Nesta fase do projeto, que chamamos de “Evangelização”, é importante envolver todos do hospital e ensinar como funciona o Laura. Para que todos possam contribuir para salvar-vidas”, finaliza.
Fonte: Revista Hospitais Brasil