FRENTE PARLAMENTAR DE MEDICINA É LANÇADA NO DIA DO MÉDICO
20/10/2017
Durante a sessão solene em homenagem ao Dia do Médico, realizada nessa quarta (18), no Plenário Ulysses Guimarães, o deputado Mandetta (DEM/MS) lançou a Frente Parlamentar da Medicina (FPMed), que reuniu o apoio de mais duzentos deputados e senadores para a sua instalação. Participaram do evento deputados médicos, e simpatizantes, e representantes de várias entidades médicas do país.
O deputado explica que a frente parlamentar é um instrumento utilizado no Congresso Nacional, no qual um grupo grande de parlamentares concorda em atuar na defesa de objetivos que aprimorem determinado tema. Para Mandetta, a iniciativa é fundamental porque a Medicina não tem organização política nenhuma dentro do Congresso Nacional. “É preciso que os médicos apresentem quais são as proposta para a Medicina ou vamos continuar reagindo às agressões”, afirma. “A sociedade precisa de Medicina praticada com responsabilidade, ela precisa que as faculdades formem bons médicos, que nós tenhamos prova para certificar aqueles que se formaram no exterior e não conhecem a Medicina brasileira”, alega.
Mandetta destaca ainda que para que a FPMed funcione, é preciso que as entidades médicas se organizem por meio de instituto de ciências políticas, que irá auxiliar a frente com pareceres, relatórios, enfim com informações técnicas para que possamos contribuir com leis, projetos e audiências públicas que enalteçam a Medicina Brasileira.
A primeira ação concreta da FPMed será acompanhar o relatório da revisão da Lei 9.656 que regulamenta os Planos de Saúde, que foi apreciado e na comissão especial sobre o tema, mas que não cita a principal força de trabalho dos atendimentos da rede privada de saúde: o médico. “Quando a pessoa adquire um plano de saúde ela compra o conhecimento profissional dos médicos, para consultas, para dar laudos de exames, para realizar cirurgias. E a lei não trata uma linha de como os médicos irão se relacionar com as grandes operadoras de saúde. Trabalharemos para que nesse relatório seja contemplado um caminho justo para esses profissionais”, adianta.
Paralelo a isso, Mandetta destaca a importância da atuação da FPMed nos trabalhos na comissão mista de orçamento. “É preciso que os recursos para a saúde sejam superiores àquilo que o governo vem sinalizando. Existe um déficit crônico, histórico de recursos para a saúde. É a queixa do brasileiro de Norte a Sul e nós precisamos pagar essa dívida social com a saúde”, afirma.
Para o presidente da CMB e da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), Edson Rogatti, é muito importante que haja uma frente que defenda os interesses desses profissionais e da saúde, em geral, no Congresso. Ele destaca que as Santas Casas de São Paulo contam com uma força de trabalho de 480 mil colaboradores, sendo que destes, 180 mil são médicos.
Fonte: CMB