Santa Casa debate solução para problemas na saúde pública
12/05/2015

A Santa Casa de Piracicaba marcará presença no 24º Congresso da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp). O evento, que começa hoje (12) e  prossegue até a próxima sexta-feira (15), em  Campinas, traz como tema  o desafio imposto às filantrópicas de seguir "Reinventando a Saúde: o Espetáculo Não Pode Parar".
 

Segundo o provedor Adilson Zampieri, que participa do Congresso ao lado do vice-provedor João Orlando Pavão, a importância do evento ganha nova amplitude diante da proposta dos organizadores de discutir o futuro da saúde pública e, junto às mais de 300 instituições participantes, propor soluções para os problemas enfrentados no setor, como os atrasos nos repasses feitos pelo SUS e estratégias para a gestão hospitalar. "As filantrópicas vivenciam uma crise sem precedentes, com a situação agravada pela falta de recursos causada pelos atrasos do SUS e pela falta de investimentos no setor", disse Zampieri. 
 

Segundo ele, o Congresso receberá mais de 500 participantes e trará renomados  profissionais da área que, além de apresentarem os problemas enfrentados pelas instituições, vão expor cases de sucesso. “O debate central será a situação das instituições que estão lutando para conseguir equilibrar-se entre dívidas com os bancos, compromissos com fornecedores e colaboradores, atrasos nos repasses e sua principal missão que é oferecer diariamente assistência médico hospitalar de qualidade para a população brasileira que depende do Sistema Único de Saúde”, afirma João Orlando Pavão, que também é diretor jurídico da Fehosp.
 

Entre as exposições de cases, destaca-se o painel “Modelos de Gestão e Remuneração”, que mostrará as consequências e os desafios do Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho quando optou por ter 100% dos atendimentos destinados aos pacientes do SUS. A sustentabilidade é outro tema a ser apresentado no evento por meio de especialistas que debaterão a situação do setor hospitalar diante da crise na energia elétrica. Eles também proporão alternativas para garantir a qualidade do atendimento em um possível cenário de falta de água e energia.
 

No último dia de evento, a palestra “Espetáculo e projetos: o desafio comum de produzir soluções” debaterá entre representantes do governo, da Fehosp e da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), as políticas públicas da área e os atuais projetos já elaborados e que estão sendo conduzidos. 
 

"Como principal política pública de saúde do país, o SUS precisa de alterações em suas diretrizes, regulamentadas  em 1988,  ou  seja, há 27anos, em meio a um  cenário  muito diferente  do  atual, principalmente  com relação à  forma  de pagamento federal  aos  hospitais. Assim, novos projetos devem ser discutidos para garantirmos melhorias ao atendimento à população”, considera a administradora Vanda Petean.