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TECNOLOGIA: A MUDANÇA DE PARADIGMA NO ATENDIMENTO DO PACIENTE
14/02/2022

A pandemia chegou sem aviso em meados de 2020, e forçou a sociedade a se adaptar ao “novo normal”. A tecnologia foi crucial para os novos processos desde então – principalmente na área da saúde. Dois anos depois podemos começar a ver como estas mudanças se estabeleceram e surge o questionamento: “Saúde Digital: o seu hospital está preparado?”.

Este foi o tema que norteou o Conexão Fehosp desta segunda-feira (14), promovido pela Fehosp em parceria com a techtools health. A transmissão contou com a participação do Bráulio Pereira, médico de família e comunidade, coordenador do Telessaúde Barretos; Daniela Alfieri, professora do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Londrina e coordenadora do Saúde Online PR; e teve a mediação de Jefferson Almoualem Plentz, fundador e presidente do conselho da techtools health.

Plentz inicia dando ênfase em como a transformação digital não é necessária e engloba diversas faces do atendimento. “Quando falamos de saúde digital, estamos falando de mudança de paradigma no atendimento do paciente, devemos sair da modelo de tratar a doença para promover a saúde”, diz o executivo.

Para ele, a transformação digital acelerou com o início da pandemia. “Quem não está se mexendo, está atrasado. Em todos os outros campos da sociedade a digitalização já chegou, e o Brasil é entusiasta da tecnologia. A área da saúde também precisa se transformar. Digitalizar não significa perder a qualidade, pelo contrário, promove melhor qualidade de vida”, enfatiza.

Em seguida, o fundador da techtools health apresentou a proposta da plataforma Atende Saúde, idealizado pela companhia: o conceito é digitalizar a jornada do paciente e promover a gestão integrada das linhas de cuidado. É a interface de atendimento e engajamento dos pacientes, profissionais da área do cuidado, instituições de saúde e fonte pagadora.

As principais funcionalidades do sistema são rastreamento de cada interação da jornada, triagem dos sintomas, monitoramento do pós-atendimento, acesso digital aos exames, teleatendimento por vídeo e chat com prontuário e prescrição digital.

Atendimento menos burocrático e mais empático

Exatamente neste contexto pandemia que o Hospital de Amor, de Barretos (SP), decidiu implantar o sistema Telessaúde Barretos, a fim de melhorar o cuidado em saúde neste período de pandemia para pacientes com COVID-19. “E não apenas para pacientes de síndrome gripal. Criamos também um grupo de gestantes pela plataforma, reunindo as pacientes com psicólogos, médicos, doulas, enfermeiros obstetrizes e profissionais que possam trabalhar em conjunto no cuidado da gestante”, conta Bráulio Pereira.

Para ele, a parceria com a techtools health foi muito importante, principalmente nos meses em que houve um aumento da onda de COVID-19, como em janeiro deste ano. “Anteriormente fazíamos as consultas por telefone, e já era um processo eficaz, porque pela forma como o paciente fala já conseguimos entender e verificar alguns sintomas. Agora, com a consulta por vídeo, além de analisar melhor o paciente e verificar os sintomas visualmente, o processo fica menos burocrático e mais empático”, conclui o médico. A instituição iniciou o projeto tem menos de um mês e já atendeu mais de mil pacientes por telessaúde.

Pereira reforça a importância de toda a jornada ser digital. “Isso garante mais conforto ao paciente e protege o profissional de saúde, além de proteger a comunidade, uma vez que o enfermo não precisa circular pela cidade para receber o cuidado, sai apenas para a coleta do exame”, finaliza.

Novo processo de cuidado garante cuidado integrado

Daniela Alfieri, coordenadora do Saúde Online PR, deu início à sua apresentação abordando todo o processo de implementação da telemedicina no estado do Paraná, que iniciou como sistema “Telemedicina Paraná”. “Não bastava apenas levar o serviço médico ao paciente, era preciso expandir e oferecer um cuidado integrado, e com isso surgiu o Saúde Online PR, em parceria com a techtools health”, explica Daniela, e conta que, desde a implementação da plataforma, foram mais de 18 mil atendimentos concluídos.

Para a docente, estas novas tecnologias são de extrema importância, entretanto, alteram os processos de trabalho. “Por isso, precisamos urgente de regulamentação e, além disso, sensibilizar os gestores para que novas instituições e municípios façam parceria para implantação deste novo processo de cuidado”, explica. Não apenas regulamentação, os novos métodos carecem de pesquisa para entender o que funciona e o que não teve êxito. “Quando iniciamos este processo, não tínhamos muita base de estudo. É válido documentarmos para registrar as evidências e os êxitos dos processos”, finaliza.


Predicado Comunicação