HOSPITAL DE OLHOS DE TAQUARITINGA, SP, RETOMA ATENDIMENTO NO SUS APÓS REGULARIZAÇÃO DE REPASSES DA PREFEITURA
19/02/2024
Dois dias depois de anunciar que suspenderia atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por falta de repasses da Prefeitura de Taquaritinga (SP), o Hospital de Olhos Manoel Dante Buscardi recebeu, nesta sexta-feira (16), o valor total pendente de verbas atrasadas.
Na quarta-feira (14), a instituição chegou a publicar um comunicado oficial em suas redes sociais informando que a administração municipal tinha deixado de repassar R$ 1.138.932,56 nos últimos meses, o que impactava diretamente no atendimento de 1,5 mil pacientes no SUS. O Hospital de Olhos atende nove municípios da região, além de Taquaritinga.
Ao g1, o secretário municipal da Fazenda Carlos Montanholi informou que a prefeitura repassou R$ 1.250.428,02 ao hospital entre quinta-feira (15) e esta sexta. O valor, segundo ele, já compreende repasses deste mês.
"Tivemos um grande problema em Taquaritinga, o que não é diferente de muitos municípios, que é a grande multa de precatórios e essa insuficiência estava gerando bloqueios, porque aí a gente não consegue pagar precatório, consequentemente, o Tribunal de Justiça ordena pelo sequestro [de valores]".
Em nota, a administração municipal informou que, por meio das Secretarias Municipais de Saúde e Fazenda, os repasses financeiros efetuados entre os dias 15 e 16 de fevereiro quitam em sua totalidade os valores devidos ao hospital.
Gerente administrativa do hospital, Carla Correa confirmou o pagamento e informou que o agendamento de consultas, exames e cirurgias volta à normalidade a partir de segunda-feira (19).
"A gente volta com os atendimentos na segunda-feira, com agendamento normal para os dez municípios. Só não agendamos de quarta depois do meio-dia [quando o comunicado foi publicado], na quinta e na sexta, mas não vai impactar no atendimento, a gente recupera na semana que vem".
Por mês, o Hospital de Olhos de Taquaritinga atende, em média, 1,5 mil pacientes pelo SUS.
"A gente sofreu, sim, esses dias, porque a gente pensa somente no paciente. A gente aguentou até agora pelos pacientes, então é por eles que a gente luta, que a gente briga, que a gente chora", diz Carla.
G1 Ribeirão Preto e Franca