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SANTAS CASAS APOSTAM EM IAS PARA APERFEIÇOAR SERVIÇOS DE SAÚDE
11/10/2024

Com o avanço da tecnologia, as entidades filantrópicas e as Santas Casas de Misericórdia enfrentam o desafio de implantar a Inteligência Artificial (IA) no desenvolvimento das atividades de saúde.

Pensando nisso, a federação que trata sobre as unidades iniciou nesta quinta-feira, 10, o VI Fórum de Saúde e Benchmarking Bahia e Ceará (FESFBA), no auditório do Fiesta Hotel, localizado no bairro do Itaigara, em Salvador. O evento segue até sexta, 11.

O presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Mirócles Verás, diz acreditar que as IAs vêm favorecendo o desempenho das entidades, resultando em uma queda de custos do funcionamento do setor.

“AInteligência Artificial já está beneficiando em diagnóstico, está beneficiando as nossas entidades e as santas casas no nosso processo de gestão, e com isso diminuir os custos das nossas entidades já que somos sub financiados pelos recursos dos SUS (Sistema Único de Saúde)”, disse ao Portal A TARDE.

A presidente da FESFBA, Dora Nunes, contudo, se refere ao assunto como “futuro” para todas as áreas e defende a ligação da tecnologia com os tratamentos de saúde.

“Nas instituições de saúde, ela [a IA] já existe e precisa ser utilizada. Claro, que às vezes, a gente se pergunta ‘como posso fazer um atendimento?’ ou ‘como posso receber um laudo de exame ou consulta através da IA?’. Nós precisamos enxergar a inteligência artificial como o recurso para aprimorar os processos e ter respostas mais assertivas”, afirmou a dirigente.

Antes da abertura oficial, os profissionais de saúde filantrópicos se debruçaram nas discussões sobre o uso da IA aplicados à gestão dos recursos, assim como as apresentações de 41 cases de sucesso sobre o tema.

Foi acompanhando as palestras que o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes (Fehosp), Edson Rogatti, afirmou que “levará todos os projetos apresentados ao meu estado, pois quem ganha com isso são os usuários do SUS”.

Enquanto o presidente da Federação das Misericórdias do Ceará (FEMICE), Vinícius Linhares, voltou a falar sobre o uso das IAs nas entidades. Segundo ele, o setor está ultrapassado em relação a implantação da tecnologia.

“A Inteligência Artificial é um tema novo, mas que a gente já está atrasado, no caso das entidades filantrópicas. Agora que a gente está conseguindo colocar a informática para funcionar. Uma entidade nossa que é de Sobral lançou agora uma sistema que é voltado a IA para minimizar os processos”, declarou.

Dificuldades

Para além da implantação das IAs, as entidades filantrópicas, que recebem repasse do SUS, se queixam que uma das maiores dificuldades para a manutenção da unidade está relacionada ao subfinanciamento. Em conversa com o Portal A TARDE, Verás falou sobre os pequenos repasses que são feitos por meio do SUS.

“O subfinanciamento não é um discurso antigo. Hoje, já reconhecido pelo Poder público Legislativo, Executivo e Judiciário, já que tem tantas ações judiciais em prol das nossas Santas Casas. Hoje, o financiamento do SUS não é único e existe uma defasagem muito grande na tabela do SUS e existem alguns estados que financiam e tem uma tabela própria, a exemplo de São Paulo, a Bahia e o Ceará ainda não tem”, contou.

 

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Jornal A Tarde