SANTA CASA DE MOGI AVANÇA COM MODELO DE GESTÃO EMPRESARIAL
06/12/2024
A bateria de obras concluídas e em execução na Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes marcam o trabalho do provedor José Carlos Petreca e seus parceiros da Mesa Diretiva. A próxima gestão (2024-2026), que assume na próxima segunda-feira (9), terá como provedora a atual presidente da Associação de Voluntários da Santa Casa de Mogi das Cruzes (Avosc) e uma de suas fundadoras, Miriam Nogueira do Valle, e como vice-provedor será Flávio Ferreira Mattos, atual presidente do Conselho Fiscal. Petreca permanecerá na mesa diretiva como integrante do Conselho Fiscal.
O moderno Centro de Diagnóstico por Imagens (CDI) , com recepção confortável, salas de exame reestruturadas e equipamentos próprios, de última geração, para tomografia, ressonância magnética, mamografia, eletrocardiograma, densitometria óssea e raio X, reúne parte dos avanços registrados nos últimos quatro anos.
A reestruturação dos exames de diagnóstico também contemplou o laboratório de análises clínicas e o banco de sangue da unidade, além da aquisição de equipamento para videolaparoscopia (procedimento cirúrgico minimamente invasivo para diagnosticar e tratar doenças na região abdominal ou pélvica). Com as intervenções, houve conquistas como a certificação no Programa de Qualidade em Mamografia (PQM), do Instituto Nacional do Câncer (Inca)/Ministério da Saúde. É o único hospital do Alto Tietê com este certificado.
O hospital ganhará quatro novas acomodações na UTI Neonatal, ampliando sua capacidade total de 188 para 192 leitos, os pacientes já contam com três novos leitos PPP (pré, parto e pós-parto), assim como de dois outros da modalidade Canguru (em que a mãe pode repousar ao lado do seu bebê). A UTI Adulto dispõe de nove leitos (oito deles para pacientes SUS) e dez leitos de UTI Neonatal (nove deles para atender SUS). Cerca de 85% dos atendimentos realizados pela filantrópica são de pacientes da saúde pública. Seis em cada dez internações hospitalares de Mogi são feitas pela Santa Casa.
Destaque ainda para o aumento de 30% do volume de atendimentos prestados a pacientes SUS, além de ampliar a resolutividade de casos e a qualidade dos serviços. A reforma do Pronto-Socorro, ponto de maior movimento da instituição, otimizou os cerca de 14 mil atendimentos mensais. Outra conquista é a sustentabilidade empresarial da Santa Casa. A entidade saiu de um déficit mensal de R$ 2,5 milhões, acumulado a cada mês com sucessivos empréstimos visando bancar despesas, para o pleno equilíbrio de suas finanças. Ao mesmo tempo, quitou uma dívida acumulada de cerca de R$ 20 milhões e pôs fim aos atrasos nos pagamentos de médicos e fornecedores.
Segundo Petreca, a Santa Casa está prestes a fechar 2024 com o melhor balanço financeiro da sua história. O projeto de melhoria contínua foi alinhavado no final de 2018, na gestão do saudoso provedor Austelino Pinheiro de Mattos, que tinha o atual como vice. Nos meses finais de 2020, a ideia começou a ganhar forma.
A geração de receita veio com o atendimento a convênios e pacientes particulares. O saneamento financeiro permitiu ampliar e modernizar as instalações, adquirir equipamentos para prestar serviços antes terceirizados, reformular o corpo clínico, criar um capital de giro e um fundo de reserva, além do principal: a otimização de todos os serviços e o aumento do número de atendimentos clínicos e cirúrgicos pelo SUS.
Petreca que assumiu a Provedoria no final de 2019, após o falecimento de Mattos, foi eleito em 2020 e reeleito em 2022 para a atual gestão. O time de aproximadamente 700 funcionários também recebeu especial atenção de Petreca e integrantes da Mesa Administrativa. A Santa Casa passou a oferecer convênio de saúde, médica e odontológica, para colaboradores e seus dependentes. Paralelamente, investiu em humanização do atendimento, com ações periódicas para envolver toda a equipe.
Mineiro mogiano
Aos 76 anos, casado com Vera Lúcia, pai de três filhas e avô de cinco netos, José Carlos Petreca é mineiro de Muzambinho, mas mogiano de coração. Veio morar em Mogi das Cruzes em 1981, transferido da unidade paulistana de Furnas Centrais Elétricas. Entrou na empresa com 20 anos de idade, após passar em concurso público. Atuou na área de sistemas de transmissão de energia elétrica até a aposentadoria. Foi seu primeiro emprego formal.
Já aposentado, concluiu o curso superior de Engenharia de Software e se manteve atuando na implantação de sistemas de transmissão de energia elétrica como profissional independente até 2019, quando optou pela dedicação integral à Santa Casa.
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