CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS PROMOVIDA PELA CIHDOTT DA SANTA CASA DE MARÍLIA BENEFICIA SEIS PACIENTES
Captação de órgãos promovida pela Cihdott (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes) da Santa Casa de Misericórdia de Marília, no último dia 28 de fevereiro, beneficiou seis pacientes.
Paciente de 32 anos, vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral) Isquêmico, teve morte encefálica confirmada e com o consentimento da família, foram adotados todos os protocolos determinados por lei e assim efetuadas as captações de coração, fígado, dois rins e duas córneas.
“Em menos de uma semana, foi a segunda captação de múltiplos realizada pela nossa comissão, na Santa Casa de Marília. Isso se deve ao grande trabalho da nossa equipe multiprofissional, de colaboradores do hospital e da equipe de captação de órgãos do Incor (Instituto do Coração) de São Paulo e da Santa Casa de São José dos Campos, após acionarmos a OPO (Organização de Procura de Órgãos)/Famema (Faculdade de Medicina de Marília), que operacionalizou o encaminhamento das doações através da Central de Transplantes”, comentou a enfermeira coordenadora da Cihdott da Santa Casa de Marília, Marisa Regina Stradioto.
Neste procedimento específico, foi realizado o corredor de reverência, em que profissionais do hospital receberam o doador no translado entre a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e o Centro Cirúrgico da Santa Casa de Marília, com um minuto de silêncio.
Os rins foram destinados à Santa Casa de Marília e ao Hospital de Base de São José do Rio Preto e as córneas foram para o Banco de Olhos, para posterior encaminhamento da OPC (Organização de Procura de Córneas).
Os médicos José Eduardo de Paula e André Pereira vieram da Santa Casa de São José dos Campos e receberam o apoio do também médico André Capelozza para a captação do fígado, transplantado no hospital do Vale do Paraíba.
Já os médicos do Incor, Joffre Arequipa e Mariana Bello, participaram do processo de retirada e transplante do coração, destinado a paciente que estava internado na Capital Paulista.
A Polícia Militar e os agentes de trânsito da Emdurb (Empresa Municipal de Mobilidade Urbana) apoiaram a logística entre os processos de captação e transporte dos órgãos, a partir de determinação da Central de Transplantes.
Em ambos os casos, o transporte dos órgãos aconteceu de avião, tendo em vista o pouco tempo existente entre a retirada e o transplante do órgão.
No caso do coração, entre a retirada do órgão e o transplante para o receptor cadastrado na Central Nacional de Transplante, o intervalo precisa ser de, no máximo, quatro horas, pulmões devem ser transplantados em seis horas, fígado em 12 horas e rins em 48 horas. No caso dos globos oculares, encaminhamento é feito ao Banco de Olhos para que seja feita a extração das córneas e posterior destinação conforme orientação da Organização de Procura de Córneas.