SANTA CASA ALERTA PARA DESABASTECIMENTO DE REMÉDIOS
A Santa Casa de Votuporanga alerta quanto ao desabastecimento de remédios utilizados em intubação de pacientes em uso de respiradores. O estoque de medicamentos, principalmente relaxantes musculares e sedativos/anestésicos, segue crítico e não há previsão de entrega dos fornecedores.
Preocupada com a situação, principalmente no tratamento de Coronavírus (COVID-19), dos casos de pacientes em assistência de terapia intensiva e que passam por procedimentos cirúrgicos, a Instituição tomou medidas a fim de não prejudicar a assistência. Uma das ações foi a suspensão de cirurgias eletivas desde maio, a fim de direcionar toda medicação para a demanda.
Diariamente, as equipes buscam fornecedores para a compra e entrega destes produtos. “Direcionamos todo nosso estoque para pacientes em tratamento intensivo que estão em uso de respiradores (tratamento de COVID-19 e outras patologias). As medicações afetadas são fundamentais ao processo de intubação. São necessárias para que os assistidos permaneçam sedados enquanto estiverem com os aparelhos”, disse a farmacêutica responsável da Instituição, Selma Riva.
Selma explicou ainda que o Hospital está em contato com alguns municípios. “Temos recebido algumas doações de remédios de cidades atendidas, de forma a suprir, ainda que de maneira leve, um pouco do estoque”, complementou.
O provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Góes Liévana, destacou que a Instituição está em contato com o Departamento Regional de Saúde (DRS) XV, Ministério Público, bem como a Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB).
Luiz Fernando enfatizou a urgência de somar órgãos para intervir na questão, que já é nacional. "Entidades médicas, gestores hospitalares e demais envolvidos estão preocupados e tentando uma solução", afirmou.
Ele ressaltou que há necessidade da ação rápida das autoridades de saúde estaduais e federais na reversão dessa situação, que, caso permaneça, acarretará um aumento da mortalidade dos pacientes que precisam destes medicamentos, incluindo portadores de COVID-19 que apresentam quadro de insuficiência respiratória. "A ausência poderá levar a consequências devastadoras, ainda mais com a pandemia de Coronavírus", finalizou.
Estoque de medicamentos utilizados em intubação de pacientes, especialmente relaxantes musculares e sedativos/anestésicos, preocupa Instituição