GRUPO SANTA CASA DE FRANCA IMPLANTA AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS ASSISTENCIAIS
Investimento em tecnologia proporcionou redução de erros e riscos garantindo qualidade no atendimento e segurança para os pacientes
Visando benefícios aos seus pacientes, o Grupo Santa Casa de Franca tem cada vez mais buscado investir em protocolos que aumentem a qualidade e segurança durante a assistência.
Assim, alinhado às diretrizes da OMS (Organização Mundial da Saúde) e à Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, a instituição está investindo em ações e protocolos que promovam um cuidado seguro e de qualidade para a população, objetivando melhorar a segurança na assistência, para diminuir riscos. A OMS estabelece seis metas internacionais de segurança do paciente para possibilitar um cuidado mais seguro, que é seguido à risca pelos hospitais do Grupo Santa Casa; são eles:
1) Identificar corretamente o paciente.
2) Melhorar a comunicação entre profissionais de saúde.
3) Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos.
4) Assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos.
5) Higienizar as mãos para evitar infecções.
6) Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão.
Os erros no cuidado em saúde normalmente resultam de ações não intencionais, causadas por algum problema ou falha durante a realização da assistência ao paciente, podendo ser cometido por qualquer membro da equipe e ocorrendo em qualquer momento do processo do cuidado.
Por isso, o Grupo Santa Casa vem investindo constantemente em processos seguros, para garantir a excelência - unindo a qualificação dos profissionais da assistência com a tecnologia em todos os momentos. E o processo de medicação tem merecido especial atenção, pois em caso de erros seu potencial é lesivo, mas ao mesmo tempo, passível de prevenção.
Eixo Assistencial
Neste contexto o Grupo Santa Casa priorizando a segurança no processo de medicamentos na implantação do módulo assistencial informatizado, redesenhou o processo de administração de medicação inserindo automação e barreiras de segurança em pontos identificados como críticos, visando minimizar várias das falhas associadas aos tipos de erros conhecidos.
A enfermagem tem um papel fundamental no processo de administração de medicação e, com responsabilidade, ética técnica e científica, assegura a proteção do doente e os seus direitos a ser bem cuidado.
O processo de medicação inicia-se com a escolha e prescrição do medicamento pelo médico; o envio desta prescrição à farmácia que dispensa o medicamento em doses unitárias e o envia às unidades onde ocorre o preparo e administração pela enfermagem que deve registrar e monitorar as reações deste medicamento.
O profissional de enfermagem, para ter acesso à prescrição do paciente tem que necessariamente se identificar no sistema através da bipagem do seu crachá, ficando assim registrada a sua intervenção. Na administração após a bipagem da pulseira com a identificação do paciente o sistema cruza os dados e caso haja alguma discordância, não autoriza a continuidade do processo alertando o erro: paciente, horário, dose, medicação em todos os medicamentos prescritos.
O processo de dispensação dos medicamentos ocorre de acordo com a prescrição médica, nas quantidades e especificações solicitadas, de forma segura e no prazo requerido, promovendo o uso seguro e correto de medicamentos e correlatos se inicia na farmacia central.
Procedimentos operacionais de armazenamento e dispensação de medicamentos foram desenvolvidos visando a prevenção de erros. A conferência final da prescrição com o resultado da dispensação utilizando o uso da automação, tal como a unitarização dos medicamentos e a inserção de código de barras, garantem a rastreabilidade e segurança do paciente nesta primeira etapa.
Eixo Tecnológico
O processo de checagem beira-leito, definido como tecnologia móvel, permite junto aos carrinhos de medicação, as instalações de equipamentos interligados ao prontuário do paciente, otimizando a administração dos medicamentos, onde os dados são consistidos e atualizados em tempo real conforme a prescrição médica, reduzindo as chances de erro, já que o processo é todo realizado por leitores eletrônicos, sem inserção manual de dados, garantindo segurança, agilidade e consistência de informações no histórico do paciente. O sucesso da implementação do projeto foi possível através da dedicação de toda equipe de tecnologia e também o comprometimento da equipe de enfermagem, aderindo com facilidade às novas tecnologias implementadas.
A introdução da automação no macroprocesso de medicação atendeu a diversas recomendações para a construção de sistemas seguros, contribuindo para ampliar a segurança do processo na administração do medicamento correto, ao paciente correto, no horário correto; porém, a correção da via e dose continua a depender da vigilância e atenção do profissional, podendo de acordo com o grau de informação do paciente, contar também com a sua colaboração.
Eixo Educacional
O Departamento de Educação Continuada do Grupo Santa Casa de Franca participou efetivamente da implantação e treinamentos dos novos fluxos estabelecidos para toda a equipe de enfermagem. Os profissionais engajados com a mudança e a perspectiva de um processo seguro se dedicaram e se empenharam para que a tecnologia fosse implantada nas suas novas rotinas. Juntamente com a checagem beira-leito a anotação de enfermagem no sistema foi implantada garantindo informações relevantes - e qualificada para compor o histórico dos cuidados prestados ao paciente. Sem uma equipe engajada a implantação não seria possível.
Equipe responsável pelo projeto
O elaboração do projeto iniciou em 2017 ocasião em que o Núcleo de Segurança do Paciente do Grupo Santa Casa de Franca discutiu a importância de garantir ao paciente um processo mais seguro na administração de medicamentos durante sua internação, como também proporcionar à equipe assistencial total segurança na execução deste processo.