COM A ORGANIZAÇÃO DA CIHT, SANTA CASA DE MARÍLIA PROMOVE O SETEMBRO VERDE
Com a organização da Ciht (Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes), a Santa Casa de Misericórdia de Marília promove o Setembro Verde. A campanha tem o objetivo de chamar a atenção da população para a importância da doação de órgãos e tecidos.
Palestras, lives através das plataformas digitais e redes sociais da internet e carreata estão programadas para este mês de setembro.
Nos dias 9 e 22 de setembro, às 19h, no salão de reuniões da Santa Casa de Marília, acontecem explanações de representantes da Ciht sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. Palestras online também estão programadas para acontecer aos estagiários do Senac (dia 24, às 19h), e com data a definir para os representantes dos seguintes locais: ACC, Gacch, Laboratório Oswaldo Cruz, Faip, Senac, APM e Mirai.
No dia 13, das 8h30 às 10h30, na Casa do Médico, receberão informações sobre a campanha de doação de órgãos e tecidos membros do Espaço Viver Bem da Unimed Marília.
No dia 25 de setembro, às 9h, haverá carreata pelas ruas do centro da cidade, com a participação de cerca de 50 veículos e saída prevista para defronte o Complexo Ambulatorial “Bento de Abreu Sampaio Vidal” - na avenida Cascata, passando pelas ruas 9 de Julho, São Luiz, XV de Novembro, Coronel José Braz e Tiradentes, com o itinerário sendo finalizado em frente à Emdurb, na avenida das Esmeraldas.
No Dia Nacional de Doação de Órgãos de Tecidos, dia 27 de setembro, às 19h, acontece live com os coordenadores do Setembro Verde e transmissão simultânea pelo Facebook, Instagram e Youtube da Santa Casa de Marília.
Para demonstrarem a adesão à campanha, os prédios da Santa Casa de Marília, do Complexo Ambulatorial e do Gacch recebem a iluminação da cor da campanha: verde. O Marília Shopping também já aderiu ao Setembro Verde.
Entrevistas em emissoras de rádio e TV serão concedidas pelos representantes da Ciht da Santa Casa de Marília durante todo o mês de setembro.
A campanha
A campanha Setembro Verde foi criada para conscientizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, além de incentivar uma postura proativa dos familiares, pois apenas a família do paciente pode autorizar a doação. “Por isso, a importância de informar os familiares sobre a vontade de ser um doador. Pela legislação brasileira, não há como garantir efetivamente a vontade do doador, no entanto, observa-se que, na grande maioria dos casos, quando a família tem conhecimento do desejo de doar do parente falecido, esse desejo é respeitado. Desta forma, a informação e o diálogo são absolutamente fundamentais, essenciais e necessários”, enfatizou a coordenadora da Ciht da Santa Casa de Marília, a enfermeira Marisa Regina Stradioto.
Legislação
Existe uma legislação que regula todo o processo de doação, captação e transplantes de órgãos e tecidos. O Brasil tem o maior sistema público de transplantes do mundo, sendo que cerca de 90% destes procedimentos no País são realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo SNT (Sistema Nacional de Transplantes.
Tipos de doador
O primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial.
E o segundo é o doador falecido. Neste caso, é preciso a constatação de morte encefálica dele, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou derrame cerebral, ou paradas cardiorrespiratórias, somente para doação de córnea.
Captação de órgãos e tecidos
A Santa Casa de Marilia realiza desde 2004 os serviços de captação de órgãos e tecidos, através do trabalho realizado pela Ciht. A atuação desta equipe é para efetivar as doações de órgãos e tecidos e dentre as suas atribuições estão: prestar o acolhimento das famílias doadoras, viabilizar a realização dos diagnósticos de morte encefálica; identificar os potenciais doadores; organizar, no âmbito da instituição, rotinas e protocolos que possibilitem o processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes.
Em 2015, a equipe de enfermeiras da Ciht iniciou o processo de enucleação - retirada do globo ocular para a captação de córneas, além de um trabalho mais intenso junto à Central de Transplantes de Órgãos.
Transplantes
Dentro do Estado de São Paulo, a Santa Casa de Marília é o 5º maior centro de transplantes renais. O primeiro transplante no hospital mariliense foi realizado no início da década de 1980. Aliás, o paciente vem mantendo até hoje uma função renal adequada e realiza o acompanhamento com a equipe da nefrologia no ambulatório da instituição.
O último transplante aconteceu em 2020, por conta do período de enfrentamento à pandemia de Covid-19. Total de 692 transplantes já foram realizados pela equipe da nefrologia. É também referência regional em terapia renal substitutiva, realizando em média de 2.500 sessões de hemodiálise por mês e aproximadamente 110 pacientes passam por diálise peritoneal na unidade hospitalar. O transplante renal é hoje uma terapia que melhor se identifica para o paciente, ele que realmente traz a liberdade para o paciente renal crônico e que todos que tem condições clinicas querem ser transplantados para uma melhor qualidade de vida.
No dia 25 de setembro, às 9h, haverá carreata pelas ruas do centro da cidade