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Com greve em São Vicente, unidades de saúde estão sem atendimento

As unidades municipais estão fechadas ou com atendimento capenga por conta da greve dos médicos.

Os 332.445 moradores de São Vicente, segundo maior cidade da Baixada Santista, vivem um período sombrio na saúde pública. As unidades municipais estão fechadas ou com atendimento prejudicado por conta da greve dos médicos.

 
Na área insular, o Hospital Municipal (antigo Crei) virou referência do descaso: um banco impede a entrada de pacientes, já que só são atendidos casos de urgência e emergência. Ontem de manhã, só havia dois clínicos-gerais.
 
A auxiliar de cozinha Adriana Rodrigues mora no Catiapoã e, nesta quarta-feira (2) sentiu uma irritação nos olhos. Foi tentar passar em consulta no Crei. Perdeu a viagem. “Queria pegar um colírio antes de ir trabalhar. Tenho plano de saúde, mas só atende em Santos”.
 
Área continental
 
Na área continental, vicentinos mofam à espera de consulta no Pronto-Atendimento do Parque das Bandeiras e no PS do Humaitá. Se uma criança da região ficar doente, mães e pais estão em um beco sem saída: não tem pediatra em nenhuma das duas unidades.
 
Por conta disso,  mães se desesperavam na porta dos PSs. A dona de casa Bruna Maria Santos, do Parque das Bandeiras, era a mais indignada, ao saber que o médico se negou a atender seu filho de um ano e sete meses.
 
“Nós já sabemos que não tem pediatra, mas ele costumava passar em clínico-geral. Meu filho está com febre há quatro dias. O médico veio nos dizer que não vai atender ninguém. Eu só preciso que deem algum xarope para ele”.