Prefeitos da Baixada Santista pedem ajuda ao Estado para manter Saúde
Uma das preocupações é o aumento da demanda nos hospitais na temporada de verão
Os prefeitos da Baixada Santista pediram ao Governo do Estado R$ 12,4 milhões para a Saúde. Eles temem que o já frágil atendimento hospitalar da região sofra um colapso na temporada de verão. Isso porque, com menos dinheiro no bolso, o brasileiro deve escolher destinos mais baratos. Neste cenário, o turismo regional receberia um incremento de 30%.
A reivindicação foi feita nesta terça-feira (8), na Capital, ao secretário de Saúde do Estado, David Uip, que prometeu analisar a situação, mas transferiu a responsabilidade ao Governo Federal.
A quantia pleiteada servirá para cobrir imediatamente o caixa de três instituições: Santa Casa de Misericórdia de Santos (R$ 7 mi), Hospital Santo Amaro (R$ 4 mi) e Hospital Municipal de Cubatão (R$ 1,4 mi).
Além do repasse imediato, os prefeitos pediram que o Governo do Estado envie o aporte financeiro específico para a saúde na temporada. Chamado de Repasse Verão, o auxílio é pago anualmente, mas estava fora de cogitação pelo Governo do Estado por causa da crise financeira.
No ano passado, o total acordado para a Baixada Santista foi de R$ 4 milhões. Santos, por exemplo, ficou com R$ 1 milhão, enquanto Guarujá, com R$ 450 mil.
Resposta
O secretário de Estado da Saúde, David Uip, prometeu que em uma semana dará um posicionamento às prefeituras com o cronograma para o acerto dos pagamentos em atraso.
Quanto ao pedido dos prefeitos para os hospitais, argumentou que a Santa Casa e Santo Amaro recebem 70% a mais no programa Santas Casas sustentáveis, além da contratualização das prefeituras e SUS. O Irmã Dulce tem custado 80 leitos que representam 50% da capacidade de internação.
"Ficou claro que isso não é suficiente especialmente porque o Ministério da Saúde tem uma tabela de repasse defasada há 15 anos e no momento de crise não vai pagar o que deve no atendimento do Média e Alta Complexidade”, disse Uip.
Os prefeitos também se comprometeram a fazer um documento ao Ministério da Saúde reivindicando as demandas, que seriam intermediadas pelo Governo do Estado.