A Santa Casa de Misericórdia de Marília, sede regional da etapa Marília do Programa CPFL de Revitalização dos Hospitais Filantrópicos, recebeu na última quarta-feira (10) a primeira reunião de trabalho, após a formação dos comitês internos nas organizações participantes. Todas têm um objetivo comum: melhoria da gestão, visando a certificação.
Diretores, encarregados de áreas de assistência e administrativas, além de funcionários que exercem liderança nas instituições, participaram do encontro que ocorreu no salão de reuniões do hospital mariliense. Os consultores aproveitaram a oportunidade para receber preenchida a documentação que permitirá o diagnóstico do cenário atual da gestão das entidades que aderiram ao programa. Mais de 50 filantrópicos da área da DRS IV (Direção Regional de Saúde) estão aptos a participar.
O consultor Jackson Fernando de Rezende Vilela, coordenador do encontro, elogiou os hospitais pela escolha dos profissionais envolvidos e destacou o amadurecimento do grupo. “Recebemos pessoas que têm demonstrado conhecimento de suas áreas e facilidade em compreender a nossa proposta”, disse.
A próxima etapa será o recebimento das autoavaliações feitas pelas próprias instituições, oportunidade em que os consultores agendarão visitas para verificar cada organização “in loco”. Vilela explica que os relatórios serão validados ou não. A partir daí, tem início o processo de intervenções, de forma construtiva e visando a qualidade.
O PROGRAMA - A iniciativa da CPFL surgiu em 2005, a partir da decisão da empresa de modernizar suas práticas de apoio aos hospitais. Ao invés de promover doações, a companhia passou a contribuir por meio da contratação de uma consultoria de gestão, junto a uma das maiores organizações do Brasil na área de pesquisas e estudos da Saúde. Em nove anos, o programa de revitalização já investiu R$ 5 milhões e beneficiou mais de 80 entidades do interior de São Paulo. Pelo menos 34 mil profissionais foram capacitados.
O principal parceiro da CPFL é o Cealag (Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão), organização vinculada ao Departamento de Medicina Social da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. O coordenador do programa, o médico Paulo Carrara de Castro, professor da mesma instituição e doutor em saúde pública, esteve em Marília no início dos trabalhos e explicou o projeto.
“A concessionária nos procurou para desenvolver esse trabalho e passamos pelo menos um ano e meio definindo o que seria essa 'revitalização e sustentabilidade' dos filantrópicos e como pretendíamos alcançá-las. É um tema muito amplo e foi preciso tempo para entender e planejar o que seria feito. O piloto foi implantado de forma bem sucedida nas regiões de Franca e Piracicaba. De lá para cá, não paramos mais”, contou o professor.
A Santa Casa de Marília, como unidade referência, foi o primeiro hospital a assinar a adesão, durante solenidade em Campinas, na sede da CPFL. Em dois anos, a entidade espera obter a certificação pelo CQH (Compromisso pela Qualidade Hospitalar). Os demais hospitais participantes poderão ser certificados pelo Cealag.
O centro de estudos e pesquisas da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo atribui certificações nas categorias Ouro, Prata e Bronze, aos participantes do Programa de Revitalização.