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Funcionários dão \'abraço\' na Santa Casa em ato para superar crise recente

Um grupo de funcionários da Santa Casa de São Paulo deram um

abraço simbólico no hospital localizado na região central nesta sexta-feira (11).

O protesto, organizado pelo Movimento Santa Casa Viva, pretende chamar a atenção da sociedade para o futuro da instituição, que passou por uma crise recentemente.
 

Em outubro deste ano a Santa Casa de São Paulo, maior hospital filantrópico da América Latina, iniciou a demissão de 1.397 funcionários -cerca de 12% da equipe que atuava na instituição.

Para o superintendente da instituição, José Carlos Vilela, que assumiu o posto com a missão de dar novos ares para a realidade financeira da Santa Casa, o fim desse "sangramento" de recursos do hospital é previsto para o meio do ano que vem.
 
"Precisamos nos unir novamente e olhar pra frente, voltar a sonhar e a realizar. Temos um longo caminho porque o desgaste que a instituição sofreu foi muito grande, mas a Santa Casa é muito maior do que isso tudo, ela é feita de sentimento", disse o médico Igor Bastos Polonio, organizador do Movimento Santa Casa Viva.
 
CRISE
 
Em junho, o pediatra José Luiz Setúbal, 58, foi aclamado novo provedor da Santa Casa de São Paulo, que passa pela pior crise de sua história. O médico, da família fundadora do banco Itaú, comprometeu-se a adotar medidas de "transparência e de democracia" no início de sua gestão, que vai até 2017.
 
Setúbal assumiu o cargo de provedor em substituição a Kalil Rocha Abdalla, que renunciou ao posto em abril e tem sua gestão investigada pela Promotoria.
 
O novo provedor colocou como meta de seu início de mandato buscar apoio político para conseguir mais prazo e mais espaço para renegociação das dívidas do hospital. Ele também disse, após assumir o cargo, que serão necessários ajustes no potencial de atendimento do hospital e em seu quadro de
funcionários.
 
Segundo uma auditoria contratada pelo governo do Estado de São Paulo no fim do ano passado, a dívida da Santa Casa de São Paulo supera os R$ 770 milhões. Só os débitos com fornecedores superam R$ 100 milhões.
 
Em julho de 2014, a instituição chegou a fechar o atendimento de urgência e emergência por pouco mais.