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SP apura 6 suspeitas de microcefalia por zika

Cinco delas teriam sido contraídas no Estado; ocorrências investigadas preenchem todos os critérios para doença

De 17 de novembro até 10 de dezembro, Estado teve 46 casos; São Paulo costuma registrar 40 por ano.
 

O governo de São Paulo investiga seis suspeitas de microcefalia que preenchem os requisitos necessários para a definição de caso ligado a infecção pelo vírus zika —transmitido pelo Aedes aegypti.
 
Os casos suspeitos ocorreram em Campinas, Guarulhos, Mogi-Guaçu, Ribeirão Preto, São Paulo e Sumaré.
 
Cinco deles são considerados autóctones, ou seja, contraídos no próprio Estado.
 
O caso da capital é o de uma gestante que esteve no Nordeste e chegou a São Paulo com 37 semanas de gestação, segundo a Secretaria estadual da Saúde.
 
De 17 de novembro até 10 de dezembro, os municípios paulistas notificaram 46 casos de microcefalia. Destes, seis são investigados por suposta relação com o vírus.
 
Em média, o Estado costuma registrar cerca de 40 casos por ano da má-formação.
 
Segundo o infectologista Marco Boulos, coordenador de Controle de Doenças da secretaria, como a microcefalia não era de notificação compulsória, os números dos anos anteriores podem ser resultado de subnotificação.
 
Boulos explica que os seis passar para o Aedes”, diz.
 
Neste ano, era esperado que o Estado enfrentasse problemas com a chikungunya, o que quase não ocorreu. “O que me parece é que este vírus [zika] tem poder de disseminação muito maior [do que o chikungunya]”, diz Boulos.
 
Desde o dia 17 de novembro, o ministério recomenda que gestores e profissionais de saúde notifiquem imediatamente qualquer caso suspeito de microcefalia relacionado ao vírus zika. (ES)