Dona da Amil confirma compra do Hospital Samaritano em SP

 

Apesar de fazer parte do grupo da Amil, o hospital não será de uso exclusivo da operadora, segundo Luiz de Luca, superintendente corporativo do Hospital Samaritano. "Os nossos clientes vão permanecer e o hospital vai continuar sendo uma referência inclusive para planos de alto padrão, como Bradesco e Sul América", disse.

 

Ainda não está claro, no entanto, se os projetos beneficentes do Samaritano serão mantidos, já que o hospital deve perder o certificado de filantropia ao passar para a UnitedHealth. Segundo William Bennett, diretor-presidente da Sociedade Hospital Samaritano, o futuro dos projetos será discutido com o Ministério da Saúde.

 

Todo o valor recebido pela sociedade mantenedora do hospital pela venda será destinado a um fundo patrimonial voltado a programas e projetos na área de saúde e assistência social.

 

"Essa operação visa dois pontos: garantir a perenidade do hospital, com a continuidade do crescimento do atendimento hospitalar de qualidade, e se dedicar mais à filantropia", disse Bennett.

 

"Ao associar-se a um grupo capitalizado e internacional, poderemos ter mais acesso a conhecimento e ampliar acesso a novas tecnologias, melhorando o nosso atendimento de alta complexidade", afirmou De Luca.

 

A UnitedHealth informou, por meio de nota, que com a associação o Samaritano "reafirma o seu compromisso com a medicina brasileira e pretende contribuir para fortalecer a liderança do Hospital Samaritano em serviços médicos de excelência aos seus pacientes".

 

A operação está sujeita à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e deve ser concluída entre seis e nove meses.

 

A UnitedHealth é uma das maiores companhias do setor de saúde do mundo, presente em mais de 125 países. Entrou no Brasil em 2012, com a compra de 90% da Amil por US$ 4,9 bilhões -a operadora possui 5,9 milhões de beneficiários no país.

 

Fundado em 1894, o Samaritano teve receita de R$ 438 milhões em 2014 e 22 mil internações.