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Enfermeira leva novo método para confortar bebês prematuros a hospital público de SP

Bebês prematuros costumam ficar internados até atingirem 2 kg. Como nascem antes da 37ª semana de gestação, alguns podem precisar da ajuda de aparelhos para respirar ou até mesmo passar por cirurgias.

Para minimizar o desconforto do período de internação, que inclui agulhadas, entubação e o barulho de aparelhos ligados, vários hospitais adotam técnicas para acalmar o bebê, como o canguru, rede e banho de balde.

No Hospital Geral de Pedreira, na zona sul de São Paulo, a enfermeira da UTI neonatal Adriana Moreira, 45, introduziu um novo método. É a mão terapêutica, uma espécie de almofada que imita o toque e sensação da mãe do bebê internado.

Adriana viu esse método ser aplicado com sucesso em maternidades americanas e resolveu trazer a técnica para o hospital, que pertence à rede estadual e é administrado em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).

“O objetivo é que o bebê se sinta próximo da mãe mesmo quando ela está longe. Ele se sente confortado”, afirma a enfermeira neonatal.

Adriana desenvolve e confecciona as mãos terapêuticas que são usadas no hospital de forma voluntária. O tecido atoalhado, por exemplo, vem de doações feitas para a unidade. “A assistência social separa para mim as toalhas que não podem ser aproveitadas como enxoval.”

Antes de ser utilizado pelo bebê, o travesseirinho fica um tempo em contato com a pele da mãe. O objetivo é que ele fique com o cheiro dela.

Essa sensação de conforto diminui o estresse da criança internada e o gasto energético decorrente do choro e agitação.

Além da mão terapêutica e do canguru, o hospital de Pedreira também usa redes, banho de ofurô  e hora do  psiu para confortar os bebês prematuros. A rede, colocada dentro da incubadora, reproduz o ambiente que o recém-nascido tinha no útero materno.

Na hora do psiu, os bebês não são manuseados e assim podem descansar. “Buscamos promover um ambiente harmonioso na UTI Neonatal, com controle de barulho, temperatura e luminosidade, além de inserir os pais no cuidado ao bebê”, diz Adriana.

Mães dos bebês com dificuldade de amamentação também recebem orientação no banco de leite do hospital.

Segundo Adriana, a adoção desse tratamento humanizado também ajudou a aproximar as mães do banco de leite do hospital. “Queríamos trazer essa mãe para o banco de leite. E com essas técnicas, ela sente que seu bebê não está sozinho.”