Na última sexta, a Santa Casa de Jahu, através de sua Mesa Diretora, apresentou o Balanço Financeiro e Patrimonial de 2015.
Mesa Diretora apresenta balanço 2015 da Santa Casa de Jahu
Na noite da última sexta-feira, dia 08, a Mesa Administrativa da Irmandade de Misericórdia do Jahu apresentou a publicação do Balanço Patrimonial e Financeiro da Santa Casa de Jahu. A publicação foi divulgada para os Irmãos, Irmãs, voluntários, colaboradores e médicos do Corpo Clinico em Assembleia realizada no Espaço Cultural da entidade. Reproduzimos abaixo editorial assinado pelo Provedor da Santa Casa, Alcides Bernardi Júnior, publicado na edição de número 84 da Revista da Santa Casa, que traz o balanço de 2015.
Tirando Leite de Pedra
O ano de 2015 foi de grande desafio para a área hospitalar do Brasil. Mesmo assim, a Santa Casa de Jahu atingiu parte dos seus objetivos, investindo em construções, reformas, compras de novos e modernos equipamentos cirúrgicos. O ano de 2.016 começou com um cenário desolador, com consequência nefasta aos cofres da entidade pela recessão financeira instalada e aumentos de preços em todos os setores da base de produção.
A primeira parcela do 13º salário dos colaboradores foi paga no Dia Internacional da Enfermagem em 12 de maio de 2015, como gratidão a esses profissionais pelos serviços humanizados prestados aos pacientes que procuram pelo hospital. Investimos nos programas de capacitação em gestão para enfermagem, médicos, administrativos e outros profissionais da saúde.
Durante o ano de 2015 a Santa Casa de Jahu atendeu 77,40% de pacientes SUS, quando a obrigatoriedade é atender no mínimo 60%. As instituições filantrópicas apresentam-se como alternativas de solução do Sistema Único de Saúde (SUS), mas a continuar assim, restarão poucas Santas Casas com as portas abertas. Essa distorção financeira é suportada pela Santa Casa de Jahu que é importante na escala produtiva da cidade, empregando l.213 funcionários, tendo ainda empresas terceirizadas e profissionais médicos autônomos.
De nada adianta o hospital se modernizar se não há contrapartida realista dos governos federal, estadual e municipais. Os municípios da região não contribuem com o deficit e continuam mandando seus pacientes para Jahu. Se de um lado é bom para o cidadão que tem atendimento qualificado em Jahu, é crucial para as despesas do hospital que atende mais do que recebe.
O dinheiro é fixo, o custo não! Se novos limites financeiros não forem direcionados para a média, alta complexidades e ambulatoriais o hospital pode entrar em colapso trágico por falta de fôlego para continuar atendendo. O que ajuda na filantropia é a isenção da cota patronal dos funcionários, contribuição de 20% sobre a folha de salários da entidade.
O Brasil está passando por um momento de crise, aumentando o número de usuários do SUS. Passaram pela Santa Casa de Jahu em 2015 pelo SUS 12.533 internações, média de 1.045 internações por mês e 147.696 atendimentos ambulatoriais com média de 12.308 por mês. Nós pensamos, a grande maioria não, na dor e nos sofrimentos dos outros.
Trabalhamos na busca incansável por melhorias e inovações no cumprimento da nossa missão. O hospital adquiriu novas máquinas, sendo: de litotripsia ao custo de R$ 1 milhão de reais; aparelho Criostato para análise de biópsia, ambos com recursos próprios e em parceria com o Centro de Diagnóstico foi inaugurado o novo tomógrafo com 16 canais. Foram inauguradas a UTI Neonatal e Pediátrica, Centro de Especialidades Ambulatoriais e para abril inauguraremos o Setor Neurológico com 25 leitos, assim, a entidade investiu e modernizou sem dinheiro suficiente, como diz a frase popular: “tirando leite de pedra”!
Alcides Bernardi Júnior - Provedor