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ESTUDO DA FUNFARME/FAMERP GANHA CAPA DE PRINCIPAL REVISTA DE TRANSPLANTES DO MUNDO AO MOSTRAR QUE VÍRUS ZIKA É MAIS AGRESSIVO EM TRANSPLANTADOS DE ÓRGÃOS E TECIDOS

Pela primeira vez, um estudo de uma equipe da Funfarme (Fundação Faculdade Regional de Medicina / Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ganhou a capa deste mês de uma das mais importantes publicações médicas internacionais, sendo também tema de seu editorial. A edição de março do American Journal of Transplantation, a publicação de maior prestígio do mundo na área de transplantes, traz na capa o estudo de médicos da Funfarme/Famerp/ Hospital de Base de Rio Preto (SP) que resultou na primeira descrição feita no mundo de diagnóstico do vírus zika em pacientes transplantados. Além do ineditismo, o estudo chamou a atenção dos editores porque os médicos constataram nos quatro pacientes diagnosticados um vírus mais agressivo e cujos sintomas resultantes em nada se pareciam com os da dengue, como era consenso até então no mundo.

O artigo relata o diagnóstico feito pela equipe do HB, pertencente à Funfarme, da presença do vírus em dois pacientes transplantados renais e dois transplantados hepáticos.  A partir dos diagnósticos, feitos entre o final de 2015 e início de 2016, equipes do Laboratório de Virologia da Famerp e dos Serviços de Transplante Renal e Hepático do HB iniciaram o estudo para analisar a manifestação e característica do vírus presente nos quatro pacientes e suas consequências para a saúde.

O artigo do American JournalofTransplantation é assinado pelos virologistas Ana Carolina Terzian e Maurício Nogueira, a infectologista Cássia Fernanda Estofolete, agastroenterologista EdlaMascarin do Vale, os hepatologistas e cirurgiões Rita Cássia da Silva e Renato Silva, e os nefrologistas Horácio José Ramalho, Ida Maria Maximina Fernandes Charpiote Mario Abbud Filho.O artigo tem como co-autor o biólogo NikosVasilakis, pesquisador do Centro de Biodefesa e Doenças Infecciosas Emergentes da Faculdade de Medicina da Universidade do Texas (EUA).

Para o diretor-executivo da fundação e um dos co-autores, Dr. Horácio José Ramalho, a presença da equipe da Funfarme/Famerp vem ratificar a fundação como referência em pesquisa de ponta no Brasil e no exterior. “É orgulho para a instituição ser destaque em publicação referência para médicos do mundo todo. Mais importante é a repercussão que o estudo ganha e que poderá contribuir para o melhor diagnóstico e tratamento destes pacientes em todos os continentes”, declarou Dr. Horácio.

É a mesma opinião do Dr. Mario Abbud Filho, diretor do Centro Interdepartamental de Transplantes de Órgãos e Tecidos (Cintrans): “Fica evidente que a Fundação está empenhada em realizar pesquisa desta doença que hoje preocupa governos nos cinco continentes.” Dr. Renato Silva, chefe da Unidade de Transplante de Fígado/Intestino do HB, acrescenta: “O ineditismo do estudo demonstra que a instituição sustenta-se no tripé assistência – docência – ciência, fundamental para a formação de profissionais da Saúde e que deve pautar toda a nossa carreira.”
 
Estudo mostra que zika é doença grave
 
Havia quase que um consenso de que a Zika era uma doença que gerava sintomas mais brandos do que a dengue e tinha rápida recuperação. Esta verdade (paradigma) foi derrubada pelo estudo da Funfarme/Famerp, que já havia sido publicado pela edição on-line do American JournalofTransplantation, no final do ano passado.

Os médicos constataram nos quatro pacientes um vírus mais agressivo e cujos sintomas resultantes em nada se pareciam com os da dengue, como era consenso até então. “Concluímos que o vírus zika é grave, o que levou os quatro transplantados a terem doenças sistêmicas impactantes, motivo das internações hospitalares”, ressaltou o virologista Maurício Nogueira.

Fontes para entrevista

Virologista Mauricio Nogueira

Nefrologista Horácio José Ramalho, diretor executivo da Funfarme

Nefrologista Mario Abbud Filho, diretor do Centro Interdepartamental de Transplantes de Órgãos e Tecidos do Hospital de Base de Rio Preto

Hepatologista e cirurgião Renato Silva, chefe da Unidade de Transplante de Fígado/Intestino do Hospital de Base

Assessoria de Imprensa - FUNFARME