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MÉDICO DA SANTA CASA EXPLICA SOBRE ATENDIMENTO DE VÍTIMAS PICADAS POR ESCORPIÃO

Soro anti escorpiônico deve ser aplicado de acordo com o quadro do paciente

Em razão das recentes ocorrências de crianças picadas por escorpião na região, algumas evoluindo para óbito, a Santa Casa de Jaú vem a público trazer algumas informações importantes sobre como são feitos os atendimentos desses casos, e responder algumas dúvidas da população, em geral.

De acordo com o diretor técnico do hospital e pediatra, Luís Gonzaga Gerlin, os sintomas subsequentes a picada vão determinar a gravidade do caso.

Uma questão feita pela maioria das pessoas é o porque de uma criança que recebeu o antídoto vir a óbito enquanto outra que não recebeu a dose ter melhora e alta. O pediatra da Santa Casa de Jahu entende que a reação ao veneno do escorpião varia de um paciente para outro e que a explicação para as diferentes respostas ao tratamento pode ser a quantidade de veneno injetada aracnídeo. “Existe a suscetibilidade, em algumas crianças o efeito cardiológico é menor, em outras o coração não aguenta, não há uma explicação clara para isso”, diz.

O critério para o uso do soro antiescorpiônico é a classificação do quadro, de acordo com o dr. Gonzaga. Ele destaca que quando uma criança chega para atendimento é analisado o grau de sudorese, taquicardia, vômito e variação de temperatura. Se os sintomas forem intensos o sinal é de gravidade. O pediatra desconhece casos de adultos que morreram em decorrência de picada de escorpião, no entanto acredita que pode haver complicação no caso de idosos, gestantes e pessoas com saúde debilitada e baixa imunidade. Normalmente, segundo o médico, adultos e crianças com quadro leve recebem analgésicos para dor e medicamentos anti vômito. Porém, caso comprovada a picada do escorpião, é aconselhável procurar um pronto socorro.

Quando o paciente é alérgico ao soro, Gonzaga diz que o antídoto deve ser administrado de qualquer forma e que depois é feita uma medicação para tratar a reação anafilática. Mesmo assim, segundo ele, o percentual de alérgicos é muito pequeno.  “A Santa Casa está preparada, o principal recurso é o soro, e se a evolução não for boa é necessário um suporte intensivo, a criança tem que ser levada para a UTI e ser monitorada”, conclui.

A Santa Casa de Jahu possui soro contra o veneno de escorpião e outros aracnídeos para atender a demanda emergencial, com reposição rápida, caso necessário. A Vigilância Epidemiológica local é responsável por solicitar o antídoto junto ao órgão competente na regional, em Bauru.
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Assessoria de Comunicação: Santa Casa de Jahu