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SAÚDE DOS RINS PARA TODOS

Estima-se que 850 milhões de pessoas convivam com doenças renais no mundo

Este ano, o Dia Mundial do Rim, reverenciado na segunda quinta-feira de março, se propõe a aumentar a conscientização sobre a crescente presença de doenças renais em todo o mundo e a necessidade de estratégias para prevenção e gerenciamento dessas patologias. Por isso, nesta quinta, dia 14, das 9h às 13h, a Unidade de Nefrologia da Santa Casa de Piracicaba coordenará ações voltadas aos cuidados e informações sobre a saúde renal.

O evento, gratuito e aberto ao público interessado, será realizado no próprio Hospital, no estacionamento ao lado da Hemodiálise, e contará com apoio de equipes multiprofissionais da própria Unidade de Nefrologia, do Serviço Social e do Plano Santa Casa Saúde. Juntos, eles oferecerão a pacientes, familiares e visitantes triagem e aferição da pressão arterial, teste de glicemia, orientação nutricional, esclarecimentos sobre transplante e pré-consulta médica para pacientes que apresentarem alto risco para o desenvolvimento de doenças renais.

O médico nefrologista Alex Gonçalves, diretor da Unidade de Nefrologia da Irmandade, ressalta que o tema desse ano (“Saúde do Rim Para Todos”) leva à reflexão sobre a cobertura universal de saúde para prevenção e tratamento precoce da doença renal. “O objetivo é promover a saúde da população, garantindo o acesso universal, sustentável e equitativo dos cuidados essenciais, ao mesmo tempo em que proporciona acessibilidade à informação e tratamento da doença renal”, ressalta.

Segundo ele, no Brasil, o número de pacientes com doença renal crônica que precisaram de diálise passou de 42 mil, em 2000, para 122 mil em 2017, conforme dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia; mais de 80% delas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). “Em decorrência deste aumento, o número de transplantes renais também cresceu, apresentando aumento médio de 10% de um ano para o outro”, disse Gonçalves.

Especialistas defendem ações preventivas

A doença renal crônica (DRC) se caracteriza por lesões nos rins que se mantém por três meses ou mais, trazendo sérias conseqüências ao paciente. Isso porque os rins têm muitas funções, sendo responsáveis por regular a pressão, filtrar o sangue, eliminar as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo e produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas.

Em geral, nos estágios iniciais, ela é silenciosa e não apresenta sintomas; ou eles são poucos e inespecíficos. Por causa disso, o diagnóstico pode ocorrer apenas quando o funcionamento dos rins já estiver bastante comprometido, o que leva os nefrologistas a defenderem a prevenção e o diagnóstico precoce da doença por meio de exames simples e de baixo custo, como o de urina e o de dosagem de creatinina no sangue.

Segundo ele, para melhorar os cuidados dos rins, é preciso incentivar e adotar estilos de vida saudáveis (acesso à água potável, exercícios, dieta saudável, controle do tabagismo); rastreio mais efetivo das doenças renais e políticas públicas que regulem o acesso universal e sustentável a serviços avançados de cuidados de saúde.

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