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84% dos usuários relatam problemas nos planos de saúde em São Paulo
14/04/2016

Segundo pesquisa Datafolha encomendada pela APM – Associação Paulista de Medicina especialmente para apurar a opinião dos pacientes sobre a qualidade da assistência oferecida por planos de saúde no estado de São Paulo, o quadro é preocupante.

Problemas no atendimento em pronto-socorro, dificuldades de quem necessita de uma cirurgia, complicadores para realização de exames e procedimentos de maior custo, barreiras impostas pela burocracia, suplício para a marcação de consultas, consequências do descredenciamento de médicos, hospitais e laboratórios, entre outros pontos, são queixas recorrentes e gravíssimas.

Em São Paulo, há atualmente 32,4 milhões de homens e mulheres, com 18 anos ou mais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística – IBGE/Censo 2010 (Estimativa 2014). Destes, 13,6 milhões são usuários de planos de saúde, sendo que 88%, ou seja, 11,9 milhões, usaram os serviços nos últimos 24 meses.

Do grupo que recorreu aos planos, 84% relataram problemas. Projetando o número para os 11,9 milhões de usuários, chegamos a aproximadamente 10 milhões de pacientes enfrentando dificuldades.

A investigação estimulada sobre a utilização de serviços e a percepção de sua deficiência tem como principais reclamações pronto atendimento/pronto-socorro (80%), consultas médicas (69%), exames e diagnóstico (58%).

Local de espera lotado é o principal assunto apontado pelos usuários do pronto atendimento (73%). Demora para ser atendido também é um aspecto importante, mencionado por 61% dos usuários. Outras reclamações que merecem ser destacadas são demora ou negativa para realização de procedimentos necessários (34%) e negativa de atendimento (11%). Aqui o entendimento da APM é que os dados são preocupantes, pois é nos prontos-socorros que se encontram casos mais graves e, portanto, que necessitam de resolubilidade imediata.

O quesito atendimento hospitalar/internação também figura entre as principais reclamações dos usuários, com 51% de ocorrências. Os principais problemas são as poucas opções de hospitais (43%) e a demora para autorização de internação (23%). Quando a pauta são as cirurgias, há 31% de registro de entraves. A demora para autorização (23%), a negativa de cobertura ou autorização (15%) e a falta de cobertura de materiais especiais (12%) são as queixas mais citadas. Quanto aos exames e diagnósticos, as reclamações mais comuns referem-se à demora para marcação (35%), poucas opções de laboratórios e clínicas especializadas (32%), tempo para autorização de exame ou procedimento (29%). No item consultas médicas, são mais frequentes a demora na marcação (58%) e a saída do médico do plano (34%).


Portal Hospitais Brasil - Por Carol Gonçalves