Sustentabilidade: Painel prepara congressistas para falta de energia elétrica e água em São Paulo
15/05/2015
O painel “Sustentabilidade ambiental na corda bamba” deu início às atividades de quinta-feira (14), coordenado pelo presidente do Sindhosfil, Edison Ferreira da Silva, contou com a participação do especialista Gilberto Januzzi, professor da Unicamp, Humberto Rodrigues de Mata, gerente de manutenção de operações prediais do Hospital Sírio Libanês e, Leni de Ataíde, diretora executiva da Assenas Ambiental.
Em sua apresentação, Gilberto retratou que nos últimos anos tem havido um persistente aumento da demanda por energia. E embora o País não cresça tanto, o consumo de energia continua crescendo. “A energia vai ficar cada vez mais cara, pois temos que compensar um passado onde os preços ficaram congelados. Já começamos a experimentar a partir desse ano reajustes no preço da eletricidade e, nos próximos dois, três anos, esse aumento ainda vai continuar”, opina. Segundo ele, hospitais podem investir em tecnologias alternativas para suprir parte do consumo, como a energia solar. “A energia vinda de termoelétricas, por exemplo, é muito mais cara e as usinas foram construídas como um back up da hidráulica, ou seja, não foram pensadas para funcionar tanto tempo assim, o que gera mais custos de manutenção e riscos de déficit”, explica. “Para termo um sistema enérgico mais sustentável precisamos de eficiência energética (consumir menos e usar de forma inteligente com tecnologias mais eficientes) e de fontes renováveis (solar, eólica, biomassa)”, finaliza.
Humberto Rodrigues por sua vez dividiu com os congressistas ações que fizeram a diferença no Hospital Sírio Libanês. Ele acredita que algumas ações são simplistas de serem feitas, mas muitas vezes não o são por falta de monitoramento. “A regulagem das válvulas hydra, implantação de restritor nas entradas de água dos misturadores das copas, cozinha e restaurante são alguns exemplos”, cita. “Outro processo que faz a diferença é a sustentabilidade na hotelaria, entrar no quarto do paciente e deixá-lo optar pela troca de roupa de cama diariamente ou não”, completa.
Ao abordar o tema dos resíduos sólidos, Leni de Ataíde reforçou que as instituições de saúde têm uma característica muito peculiar que é a geração dos resíduos perigosos, que exigem uma série de medidas preventivas. “Os hospitais que trabalham com essa gama de resíduos devem olhar de forma muito responsável todo o processo, principalmente seu manejo e coleta”, explica. Segundo ela, a nova política que deve ser adotada é primeiramente tentar não gerar os rejeitos, que são os resíduos sólidos depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação, e se gerados, tentar diminuir ao máximo sua quantidade. “Mesmo que um parceiro seja contratado para o encaminhamento desses rejeitos, a responsabilidade continua sendo da instituição também. É fundamental que a contratada esteja regularizada perante os órgãos ambientais e essas licenças devem estar válidas”, finaliza.