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Escassez da mão de obra é tema de debate
15/05/2015

Mudanças demográficas e epidemiológicas são apontadas como obstáculos
Na tarde de quinta-feira (13), o assunto foi mão de obra. Para isso, o Congresso recebeu a presença dos palestrantes Gonzalo Vecina Neto, superintendente corporativo do Hospital Sírio Libanês, e Athena Montalvão Milani, consultora sênior da empresa Wepeople. 
Em sua apresentação, Gonzalo mostrou que é preciso repensar a forma que é feita a assistência à saúde e o tipo de profissional necessário para esse novo cenário. “Nos últimos 30 ou 40 anos enfrentamos dois fenômenos importantes: o processo de urbanização e o envelhecimento populacional. Somados, eles mudaram a necessidade e o tipo de profissional necessário para fazer assistência à saúde”, disse. “Essa mudança no perfil de morbidade encontrou o setor da saúde totalmente despreparado para enfrentar essa nova carga de doenças”, completou. De acordo com ele, em curto prazo, é preciso transformar os hospitais em instituições de ensino também. “Vamos reformar aquilo que a universidade está nos oferecendo. Todo hospital tem que ter residência medica, de enfermagem, e o Estado deve ser responsável pela remuneração desses residentes”, opinou, afirmando que a capacitação dentro da instituição deve ser permanente.  Já em médio prazo, ele defende um aumento da capacidade das instituições de saúde de intervirem no aparelho formador. 
 
Athena, por sua vez, contou que a ideia do apagão de mão obra surgiu há alguns anos quando começou uma reviravolta em termos de mercado, em que as taxas de desemprego começaram a cair. “Com a queda desses índices, houve uma escassez de mão de obra, tanto pela falta de profissionais propriamente dita, quanto pela carência da preparação de mão de obra”, disse. Ao encerrar sua apresentação, deu dicas para os congressistas: “otimizar processos, implantar tecnologias, fazer mais com menos; mapear os talentos da organização; desenvolver e implantar programas de sucessão e carreira; incrementar ações de educação; abraçar a diversidade; investir em criar boas condições de trabalho; criar e manter estratégias de gestão alinhadas à organização”, finalizou.