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A SAÚDE SUCATEADA GERANDO RISCOS AOS PACIENTES
23/02/2017

Todos os dias nos deparamos com profissionais cada vez menos humanos, menos capacitados e menos vocacionados no dever de sua profissão. E essa falta de comprometimento, aliada à insuficiência de recursos tem cada vez mais colocado em risco os que necessitam e buscam os serviços de Saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde: “dar entrada em um hospital é muito mais arriscado do que fazer uma viagem de avião”.

Com o surgimento de indicadores, exames mais sofisticados, bactérias multirresistentes e o aumento de infecções e óbitos intra-hospitalares, o assunto referente aos riscos proporcionados por uma internação hospitalar têm se tornado pauta recorrente. Segundo a mesma agência (OMS), milhões de pessoas morrem todos os anos por erros médicos e infecções adquiridas em hospitais. Infecções estas que poderiam ser prevenidas em mais de 50% apenas com a correta lavagem das mãos.

Aliado a isso, a maioria dos profissionais são mal remunerados, sobrecarregados por atuarem em dois ou mais empregos, sem acesso aos treinamentos adequados que os capacitem adequadamente para as tarefas propostas pela chefia. Tudo isso torna ainda mais arriscado o ingresso ao ambiente hospitalar, seja ele público ou privado. Ledo engano, caro leitor, se supõe que somente nas instituições financiadas pelo famoso Sistema Único de Saúde ocorrem casos de imperícia, imprudência ou negligencia frequentemente veiculados pela mídia televisiva. Hospitais particulares também possuem os mesmos problemas citados, porém um fluxo menor de pacientes também garante uma estatística menor. Se é que essas mesmas instituições publicam corretamente seus indicador de eventos adversos.

Abordados os temas, vários questionamentos surgem, é claro, todos ainda sem repostas satisfatórias: Quando haverá melhor acesso à saúde? Quando os profissionais da área serão adequadamente capacitados e melhor remunerados? Quando os hospitais terão condições de prestar um atendimento com qualidade e eficiência com menor risco?

Enquanto não obtivermos essas respostas e atitudes não forem tomadas para a resolução desses problemas, viajemos bastante enquanto há saúde, porque, na doença, a internação parece ser bem menos interessante e mais arriscada. 


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