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Coaching: uma etapa que ajuda a tornar realidade o projeto de captação de recursos
10/03/2015

O primeiro grupo de Santas Casas, que participou das Oficinas de capacitação para captação de recursos, organizadas pelo Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social)  já teve a oportunidade de receber duas visitas de coaching. Trata-se de um facilitador que vai a cada uma das entidades para orientar e apoiar aqueles que estiveram nas Oficinas e que precisam fazer a ‘lição de casa’. Para cada oficina, há um coaching. 
 

Se você ainda vai passar pelas Oficinas, vale a pena ler esta entrevista com a consultora Ana Paula Doring, a responsável pelo grupo de facilitadores que realiza o coaching. Ela conta como é o processo e dá dicas para que ele seja o mais produtivo possível. 
A palavra-chave para compreender as diferentes aplicações do trabalho é Desenvolvimento.  Segundo Ana Paula Doring, o coaching costuma ser focado em aprendizagem, melhoria contínua e maximização de potenciais, tanto de indivíduos como de grupos, o que permite gerar efeitos também em âmbito organizacional, ampliando a sua abrangência.
 
Cada Santa Casa participante terá em média  9 horas de coaching com o facilitador. Acompanhe a entrevista com a consultora Ana Paula Doring.
 
Como esse trabalho será aplicado no projeto das Santas Casas?
 
Ana Paula- No projeto das Santas Casas, o coaching tem dois objetivos centrais: o primeiro é apoiar as equipes das Santas Casas a tornar realidade o plano de captação de recursos definido por elas como prioritário. E o segundo é fortalecer as equipes em sua capacidade de implementar o plano, tanto no período de duração deste projeto como futuramente. Ou seja, a ideia é que além de concretizar o plano, captando de fato recursos para cada Santa Casa, as equipes envolvidas se observem no decorrer da própria prática, aprendendo e se preparando para novos passos na captação de recursos da instituição. 
 
Compartilhar informação também está na lista?
 
Ana Paula – Sim, o terceiro objetivo é articular o compartilhamento de conhecimento dentro de cada Santa Casa e entre as Santas Casas. 
 
O coaching pode colaborar em outras áreas?
 
Ana Paula - Outro aspecto interessante neste projeto é que existe uma possibilidade do nosso apoio também no estímulo à estruturação de novas áreas de captação, já que apenas parte das instituições possui uma área específica para tal. E a criação de uma área de captação de recursos significa uma melhoria organizacional considerável! Se formos bem-sucedidos neste sentido podemos ficar otimistas em relação a um efeito do projeto das Santas Casas em um horizonte maior de tempo, pois implementar o plano de captação de recursos desenhado nas oficinas é um ótimo indicador, mas é o primeiro de muitos passos que esperamos que as Santas Casas continuem por si próprias.
 
E como funciona? Quantas visitas os participantes têm direito?
 
Ana Paula - A cada uma das três visitas de coaching por Santa Casa o coach atende o grupo de quatro participantes das oficinas e que pode envolver outros convidados, como pessoas da comunidade, já próximas aos hospitais ou que sejam percebidas por estes como parcerias em potencial. É possível então que uma visita de coaching conte com a presença de uma representante do Rotary Club ou Lions, um líder comunitário ou religioso, um vereador ou vice-prefeito, profissionais da mídia, empresários locais, etc. E do mesmo modo também pode ser incluído na sessão de coaching algum membro da diretoria ou do conselho, enfim, um apoiador interno que esteja mais próximo desta iniciativa de captação de recursos. Há também um momento específico para um diálogo em particular com o provedor ou o administrador geral da Santa Casa (o principal decisor) de modo a criar um alinhamento com a visão de captação de recursos que o projeto considera a mais adequada para alcançar os melhores objetivos para as Santas Casas.
 
O coaching é realizado após as Oficinas?
 
Ana Paula – Cada visita de coaching acontece após cada uma das oficinas, seguindo então os conteúdos principais apresentados e praticados em “sala de aula”. Além de lidar com o conteúdo de cada oficina e com a “lição de casa”, que acontece no período inter-módulos, o coach  também trabalha com os participantes aspectos ligados à sua organização como equipe de trabalho que tem uma meta em comum a cumprir, de modo a minimizar riscos do processo e potencializar as capacidades individuais e de grupo para o desafio de implementar o plano de captação de recursos.