SEMINÁRIO EM MACEIÓ DISCUTE ENSINO E PESQUISA EM HOSPITAIS FILANTRÓPICOS
23/11/2018
Evento reúne 160 entidades hospitalares para discutir melhorias na área de saúde
O III Seminário Nacional dos Hospitais Filantrópicos de Ensino trouxe para Maceió discussões sobre a saúde do país, onde existem 160 entidades hospitalares filantrópicas que possuem hospitais de ensino. É uma oportunidade de trocar experiências para que seja melhorada ainda mais a área de ensino e pesquisa e o atendimento à população. O encontro está sendo realizado nesta quinta (22) e sexta-feira (23), na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, onde atuam 76 médicos residentes.
"Temos visto que Alagoas tem avançado. Aqui na Santa Casa, onde nós temos parceria com o Cesmac, poderemos abrigar a escola de medicina. Temos aqui 76 residentes em 16 especialidades médicas. Nosso desejo é expandir mais isso, é poder crescer e oferecer mais vagas de residência e mais estágios para aqueles que querem melhorar no ensino, não somente para profissionais da área da medicina, mas para todas as áreas de saúde", afirmou o provedor da Santa Casa, Humberto Gomes de Melo.
Para ele, todos os estudantes e residentes que passaram pela Santa Casa têm condições de enfrentar o mercado de trabalho.
"Todos os estudantes e médicos recém-formados que têm feito residência na Santa Casa - e o número de candidatos tem sido cada vez maior -, ficam tranquilos, não só em relação às novas residências que vão fazer, mas também para enfrentar o mercado de trabalho. Quem passou pela Santa Casa de Maceió sabe que tem a condição de uma melhor posição profissional", afirma.
O presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Edson Rogatti, disse que tem na Santa Casa de Maceió umas das melhores Santa Casa, tanto na parte de gestão como na parte financeira.
"A Santa Casa de Maceió hoje, além de ser um hospital filantrópico, é um hospital de ensino, que presta um serviço de qualidade", pontuou.
Rogatti disse que esteve atualmente com o presidente eleito e levou reivindicações das Santas Casas, entre elas o repasse de verbas públicas para procedimentos realizados pelos hospitais filantrópicos.
"É um serviço muito barato para o governo. O doutor Humberto tem um estudo que mostra e compara as Santas Casas com hospitais públicos, tanto federais como estaduais. Para fazer o mesmo procedimento, custa menos para uma Santa Casa do que o hospital público. É muito mais barato para o governo se ele investir nas Santas Casas, que vai ter um custo melhor, é mais barato e o paciente é muito melhor atendido", explicou.
O presidente da confederação disse que mais de 56% dos atendimentos do SUS [Sistema Único de Saúde], além de alta complexidades que chega até 70% do atendimento, é feito pelas Santas Casas de todo país.
"Nós das Santas Casas estamos fazendo uma obrigação que é constitucional do poder público, não é justo que uma Santa Casa de Porto Alegre, por exemplo, tenha que subsidiar o SUS como fez no ano passado, com R$ 148 milhões e investido no próprio hospital. Nós temos feito aqui o que é possível ser feito, mas não é justo ter que subsidiar, como no ano passado, R$ 37 milhões, e mesmo assim tivemos um resultado de R$ 20 milhões quando poderíamos ter sido de R$ 57 milhões que estariam sendo reinvestidos no estado, em aumento de leito para mais pessoas", concluiu Humberto Gomes.
Fonte: Portal Gazetaweb.com