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SANTA CASA DE SANTOS MUDA MODELO DE GESTÃO E ATINGE SUPERAVIT
29/11/2018

Na contramão da situação financeira crítica das santas casas do país, que, segundo dados do governo federal, acumulam dívidas de R$ 21 bilhões, a Santa Casa de Santos, no litoral de São Paulo, vem apresentando saldo positivo em suas contas nos últimos três anos e alcançou recentemente superávit de R$ 3 milhões.

O governo editou a Medida Provisória (MP) 859/2018, que socorre com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) as santas casas de misericórdia e os hospitais filantrópicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A MP foi publicada ontem no Diário Oficial da União.

Para melhorar sua situação financeira, a Santa Casa de Santos renegociou dívidas com as instituições bancárias e refez contratos de locação de imóveis. A fim de reduzir os gastos, houve ainda a troca de 10 mil lâmpadas – o  que gerou uma economia de R$ 540 mil. Também houve redução de 90% no consumo dos papéis, gerando uma economia de R$ 51,2 mil por ano.

O aumento do faturamento nos convênios, que antes era de R$ 3,5 milhões e, em 2018, passou para R$ 10 milhões, foi outro ponto importante para a recuperação da instituição. A arrecadação é resultado da otimização das tabelas de cobrança, ajustes nos processos de faturamento e aumento do fluxo do recebimento.

A frota de ambulâncias foi reativada e o raio-X passou a ter o resultado digital, ações que geraram economia de R$ 300 mil por mês para o hospital. O serviço de limpeza, com contratações pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), foi reativado e representou redução de mais R$ 700 mil nos gastos da instituição.

Entre os benefícios do superávit,  está o aumento do número de cirurgias hospitalares, que passou de 158 em 2016, para 309 neste ano. A entidade conseguiu investir cerca de R$ 1,5 milhão em equipamentos novos, como monitoração de atividade cerebral na unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica, mesas cirúrgicas e equipamentos de anestesia, além de aparelhos de ressonância magnética e tomografia.

“Muitas foram as conquistas e implantações de equipamentos de ponta, tornando a modernidade uma realidade para a instituição. Agora, almejar que a Santa Casa de Santos emplaque como hospital modelo para o país tornou-se um desejo possível e muito próximo de ser concretizado”, disse o provedor da Santa Casa de Santos, Ariovaldo Feliciano.

A economia possibilitou também investimento em cursos de educação continuada para os cerca de 5 mil funcionários.

O hospital atende nove municípios da Baixada Santista e algumas cidades do Vale do Ribeira, o litoral norte e o sul, com 730 leitos ativos e três centros cirúrgicos (central, obstétrico e oftalmológico) e 20 salas operatórias.

 


Jornal A TRIBUNA