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PRIORIDADES DA SAÚDE TÊM ATENÇÃO BÁSICA E RR
03/01/2019

O novo ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, definiu três prioridades para os cem primeiros dias de governo: atenção básica, hospitais no Rio e Roraima.

A lista de Mandetta começa pela reorganização da atenção básica. A Secretaria de Gestão Participativa será extinta e vai dar lugar à Secretaria Nacional de Saúde Básica.

O novo ministro também pretende reorganizar os seis hospitais federais e três institutos de saúde localizados no Rio. Esses hospitais são alvos de denúncias de irregularidades.

Outra prioridade é a imunização em Roraima, Estado onde estão está a maior parte dos venezuelanos que vieram para o Brasil e onde já há registros de casos de sarampo e outras endemias. Segundo o ministro, há possibilidade de contato dos venezuelanos com a população indígena, o que poderá gerar um programa mais grave.

O ministro afirmou que está analisando a possibilidade de profissionais militares participarem do Programa Mais Médicos, que até o fim do ano passado tinha a participação de médicos cubanos. Atualmente, ha 4,5 mil médicos militares. Outra possibilidade que será analisada em conjunto com outros ministérios, como o da Educação, é a participação de médicos que se formaram com o Fies ou em universidades públicas.

Em discurso, Mandetta disse que deve priorizar o atendimento na atenção básica e que vai buscar um terceiro turno de funcionamento das unidades de saúde. "A mãe passa o dia inteiro trabalhando. É preciso ter um turno para que as unidades de saúde se adequem", disse.

O ministro defendeu também maior controle da obrigatoriedade da vacinação. "Vamos transformar a carteira de vacinação. Não fazer dela um empecilho, mas um cartão da cidadania."

Ele disse que a saúde "não terá retrocesso" e que deve cumprir a Constituição, mas que poderá rever normas do setor.

Mandetta elogiou o trabalho feito pelas Santas Casas e disse que vai lutar contra o subfinanciamento dos hospitais filantrópicos. "Nunca encontrei na minha vida um hospital de porta aberta como são as Santas Casas." A fala gerou aplausos do público.

O ministro defendeu maior controle dos gastos no SUS. "Não dá para gastar dinheiro sem saber. Vamos atrás de cada centavo do Ministério da Saúde." (Com Folhapress)


Fonte: Valor Econômico