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MINISTÉRIO DA SAÚDE RECONHECE PROBLEMA APONTADO PELA FEHOSP E ALTERA IDADE MÍNIMA DA BRAQUITERAPIA NA TABELA SUS
18/02/2019

Os hospitais habilitados para o tratamento de oncologia pelo Sistema Únicos de Saúde alcançaram uma grande conquista neste início de ano: a redução a idade mínima de 19 para 12 anos no uso da braquiterapia de alta taxa de dose no tratamento de câncer uterino.

Esta conquista, além de importante para as pacientes com este perfil, atenua o desequilíbrio financeiro dos hospitais, que aplicava o tratamento às adolescentes, mas não conseguiam faturar o procedimento em razão do atributo de idade na tabela do SUS.

Esta problemática foi apresentada à Fehosp pela BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo. A partir de então, o Comitê de Oncologia da Federação passou a liderar a solicitação dos hospitais, reunindo-se com autoridades para a mudança na Tabela. “Ao identificar o problema presente nas entidades que realizam atendimento oncológico, buscamos apoio do Ministério da Saúde afim de sanar a questão. As entidades filantrópicas não podem perder recursos por uma simples questão burocrática. Com a mudança, espera-se que os atendimentos sejam registrados de forma correta, contribuindo também para a coleta de dados e futura análise da evolução da doença em pacientes menores de 19 anos”, afirma a gerente técnica da Fehosp e membro do Comitê, Maria Fátima da Conceição.

Para Rosimar Moreira, gerente de Regulação e Controles da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a mudança era uma necessidade frente aos costumes atuais da sociedade. “Tempos atrás praticamente só mulheres adultas tinham esse tipo de câncer, bastante relacionado às infecções sexualmente transmissíveis (IST), sobretudo o HPV. Devido à precocidade cada vez maior do início das relações sexuais, houve uma mudança no perfil epidemiológico e adolescentes também passaram a desenvolver a doença”, pontua a executiva. “Essa mudança contribui para que a oferta de atendimento especializado chegue a quem realmente necessita” conclui ela.