Fone: (11) 3242-8111 Fax: (11) 3112-0554 | Endereço: Rua Libero Badaró, 158 – 6º andar – São Paulo – SP

MATERNIDADE DE CAMPINAS ENTREGA OBRAS DE MODERNIZAÇÃO DO HOSPITAL
26/06/2019

 

Maior maternidade em número de nascimentos do interior do Brasil precisa se modernizar para enfrentar novos desafios. O hospital, cujos atendimentos a pacientes da rede pública ultrapassam 60%, necessita da ajuda da sociedade campineira para a realização das obras

O Hospital Maternidade de Campinas conclui a primeira fase do “retrofit” - termo utilizado principalmente na Engenharia para designar o processo de modernização -, entregando para a população, totalmente reformados, a área externa, a recepção e o quarto andar, agora com 20 apartamentos supermodernos - dos quais cinco PPPs (Pré, Parto e Pós-parto) - destinados exclusivamente para as internações particulares.

As obras são necessárias para tornar o hospital mais atraente e competitivo e, principalmente, para abrigar equipamentos mais modernos. Desta forma, poderá atrair mais pacientes particulares e da saúde suplementar (convênios). De acordo com o preconizado pelos hospitais filantrópicos brasileiros, cada paciente particular atendido equivale às despesas de dois atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Responsável pelo maior número de nascimentos do interior do Brasil, a Maternidade de Campinas, assim como cerca de 80% dos hospitais filantrópicos do Brasil, passa por dificuldades financeiras. E o investimento para a modernização do hospital é alto. Atualmente, os atendimentos a pacientes da rede pública pela Maternidade de Campinas ultrapassam 60% do total. “Hoje, a conta não fecha”, explica o presidente da Maternidade de Campinas, Dr. Carlos Eduardo Martins da Costa Ferraz. O Balanço Financeiro de 2018 demonstra um déficit de R$ 6 milhões.

“O custo atualizado para o atendimento da filantropia atinge R$ 5 milhões/mês, contra um repasse atual de R$ 3,6 milhões. A destinação dos 20 leitos do quarto andar para particulares foi uma das formas encontradas para fazermos “giro de caixa” para suportar o déficit e reduzir os constantes financiamentos. A expectativa é que a receita obtida com os leitos particulares contribua para tornar a Maternidade de Campinas superavitária no período de três anos”, estima o Dr. Ferraz.

Somente nesta primeira etapa - que também inclui a construção de um novo prédio de três pavimentos para ampliar o Instituto de Patologia de Campinas (IPC) e para abrigar futuramente um novo centro cirúrgico e uma UTI Pediátrica - estão sendo investidos R$ 12 milhões. Os recursos foram obtidos com parceiros, financiamentos e por meio de campanhas de arrecadação junto à população. O Plano Diretor, no entanto, prevê um total de seis etapas até 2025.

Entre os parceiros estão o IPC, que renovou sua parceria para utilizar a área da Maternidade por mais 25 anos, e o estacionamento Estapar, que investiu na obra a antecipação dos aluguéis dos próximos 10 anos. Medidas parlamentares propostas pelo deputado federal Carlos Sampaio e pelos deputados estaduais Gustavo Petta (hoje vereador) e Rafa Zimbaldi garantirão o aporte de cerca de R$ 500 mil de recursos públicos no decorrer de 2019. A empresa alemã Richard Wolf investiu R$ 2 milhões em equipamentos médicos.

Também a colaboração do Pró-Vida, do Ministério Público, do Rotary Club - por meio do projeto Sopro de Vida - e as doações voluntárias feitas por cerca de 200 médicos associados são exemplos do envolvimento da comunidade. Vale lembrar que toda a diretoria da Maternidade de Campinas exerce o trabalho voluntariamente na administração do hospital, não recebendo qualquer remuneração por esta dedicação.

Modernização

As obras realizadas nesta primeira etapa começaram pela área externa, que, além de modernizada, recebeu a instalação de três lojas cujos aluguéis também ajudarão no “caixa” do hospital. Com a área externa mais ampla e descontraída, espera-se desafogar o fluxo da recepção, igualmente reestruturada. O Café Pilão já está instalado, a Natura iniciará suas obras em julho, e o outro ponto está em negociação.

As acomodações de pacientes e acompanhantes na recepção passaram de 30 para 100 lugares e todos os processos de internação e visitas tornaram-se mais ágeis e eficazes. As paredes de vidro permitem maior luminosidade natural e a observação da paisagem externa. O ambiente foi modernizado e climatizado. Todo o mobiliário foi trocado, até as estações de trabalho. TVs são utilizadas para as senhas e para informações referentes à área da saúde. No térreo foram reformados, ainda, o Cartório de Registros e a Tesouraria, e construído um novo CPD – Centro de Processamento de Dados - para o armazenamento adequado dos equipamentos tecnológicos.

Hoje, a Maternidade de Campinas é um hospital filantrópico sustentável de referência regional e representatividade nacional no atendimento à saúde da mulher. Promove mais de 23 mil internações mensais e cerca de 900 partos por mês, que representam praticamente a metade de todos os nascimentos ocorridos na RMC – Região Metropolitana de Campinas.  Somados, atingem 97 mil pacientes anuais. Os atendimentos de emergência chegam a quase 65 mil por ano. Em torno de 60% dos atendimentos são dedicados ao SUS.

O corpo clínico conta com 645 médicos e 985 colaboradores celetistas. O seu Centro de Lactação - Banco de Leite Humano é referência e o hospital apresenta o menor índice de mortalidade dentro da Unidade de Tratamento Intensivo – UTI Neonatal. A baixíssima taxa de infecção é comparável aos melhores hospitais do mundo. Dos 40 leitos de sua Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal, 22 são oferecidos para a rede pública. O hospital registra, aproximadamente, 800 atendimentos em UTI Neonatal por ano.

 

Ateliê da Notícia
Jornalista responsável: Vera Longuini
Cel (19) 99771-6735 - Vivo