EDSON ROGATTI PARTICIPA DO 2° FÓRUM NACIONAL PRÓ-SUS
24/07/2019
Na tarde desta terça-feira, 23 de julho, o presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos (CMB) e Diretor Presidente da Fehosp, Edson Rogatti foi um dos palestrantes da mesa redonda "Relações de Trabalho do Médico e seus Aspectos Jurídicos", promovida durante o 2° Fórum Nacional Pró-SUS. O dirigente da entidade abordou o tema em questão na visão das filantrópicas. O evento foi realizado no auditório do Conselho Federal de Medicina, em Brasília.
“O cenário SUS tem muitos desafios, entre eles a sua tabela, que está desatualizada há mais de 15 anos. Qual empresa privada conseguiria sobreviver sem um reajuste sequer nesse período?”, iniciou, Rogatti, que argumentou ainda que, entre outros fatores, o alto percentual de glosas (procedimentos realizados que não foram pagos) é um dos problemas que advém do não reajuste dessa tabela.
Na oportunidade, o presidente da CMB apresentou de forma resumida os principais desafios do setor filantrópico de saúde no atendimento do Sistema Único de Saúde, tendo em vista sua representatividade para a saúde pública - hoje, mais de 60% dos atendimentos são prestados pelas filantrópicas. “O maior parceiro do SUS São as santas casas. Sem reajuste da tabela e sem financiamento, quanto maior o Sistema mais prejuízo temos”, explicou Rogatti, fazendo menção às dificuldades enfrentadas, como as altas taxas de juros cobradas pelos bancos públicos e privados cobradas às santas casas.
Sobre a relação de trabalho com os médicos e outros profissionais de saúde, ele foi categórico: “os salários dos médicos do setor filantrópico estão muito aquém do mercado. O que eles recebem é muito pouco para prestar os serviços ao SUS. Segundo Rogatti, além dos 132 mil leitos destinados ao Sistema, hoje o setor filantrópico é responsável por quase um milhão dos empregos diretos na área da saúde.
Também palestraram, na ocasião: a consultora do Conasems, Maria Cristina Sette de Lima; a representante da Associação Médica de Brasília, Gabriela Giacomin; o diretor de relações institucionais e Sindicais da Fenam; o presidente da FMB, Casemiro dos Reis Junior; e o assessor jurídico do CFM, José Alejandro Bullón. Foram relatores do debate: João Ladislau Rosa, membro da Comissão Nacional Pró-SUS; e Márcio Silva Fortini, diretor de atendimento ao Associado da AMB.
Fonte: Etcetera Comunicação