CONFIRA A ENTREVISTA COM O PALESTRANTE, GUILHERME RABELLO
14/10/2020

O Engenheiro pela Escola Politécnica da USP, com mais de 25 anos de experiência no setor de telecomunicações, Guilherme Rabello, é um dos palestrantes do 29º Congresso Fehosp e, em sua palestra que será realizada no dia 24/10, abordará como integrar startups à cultura de empresas tradicionais.

Confira a entrevista:

• O que é de fato uma startup e qual a diferença dela para uma empresa tradicional?

O conceito de startup é uma empresa voltada a um negócio inovador. Então ele veio dentro do trabalho do desenvolvimento de inovação e novos negócios de uma empresa que tem uma formalidade menor. Ela, por exemplo, não tem ainda toda aquela rigidez e formalidade de uma empresa tradicional, mesmo que seja uma empresa pequena. O termo startup foi absorvido pelo mercado como o sinônimo de uma empresa voltada a inovação. Mas em algum momento essa startup tem que se formalizar e se tornar uma empresa tradicional, como ter CNPJ e toda a estruturação normal para poder fazer negócios.

Mas, no início a gente sabe que ela é muito mais parecida a uma pequena empresa do que uma empresa tradicional.

• Qual é o papel que ela pode exercer na cultura de empresas tradicionais?

Eu imagino que o papel da startup é ajudar as empresas tradicionais a verem seus projetos de uma forma muito mais dinâmica e também sem a rigidez do formalismo que uma empresa tradicional possui. A startup está vinculada a processos ágeis, a uma empresa voltada à resultado e a um projeto que essa startup desenvolve que pode dar errado e que vai ser ajustado com mais frequência até você alcançar um objetivo.

Essa cultura de agilidade e foco em projeto que a startup traz tem ajudado muitas empresas a criarem uma cultura de inovação dentro delas. Muitas vezes empresas tradicionais que tinham culturas muito lentas, processos pesados e relações entre equipes não conectadas têm se beneficiado deste modelo.

• Como integrar esse modelo na gestão hospitalar? Quais são as vantagens?

Na gestão hospitalar também temos uma necessidade de dinamizar o processo que é tradicional em uma área de saúde, que geralmente é um setor muito conversador. Os hospitais, especialmente os públicos, são conversadores na sua estrutura, são muito engessados no seu processo de gestão e as equipes, muitas vezes, trabalham desagregadas. Tudo isso leva a uma ineficiência, morosidade e custo elevado. E, a startup é justamente algo que tenta burlar isso.

A gestão pode sim ganhar com esse modelo. Além disso, a gente já tem visto isso funcionando, por exemplo, na gestão de novos projetos. Temos acompanhando vários cases em que processo de gestão foram alteradas baseadas em conceitos da startup, principalmente na pandemia.

Predicado Comunicação