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29º Congresso Fehosp termina com debates sobre o futuro da saúde
27/10/2020

No sábado, 24/10, a 29º edição do Congresso Fehosp chegou ao fim, com recorde de público e estados brasileiros participantes. O evento, que foi totalmente online, teve início no dia 19 de outubro e contou com mais de 50 horas de debates, com 10 fóruns técnicos e a participação de 80 palestrantes.
 
O total de inscrições foi de 1.358 inscrições, advindos de 16 diferentes estados brasileiros. O público que acompanhou o debate, no entanto, foi muito maior, pois em vários hospitais, as transmissões foram compartilhadas em auditórios, ou seja, com apenas uma inscrição dezenas de pessoas assistiram as transmissões. Durante os 6 dias de eventos, a plataforma do Congresso registrou mais de 2.500 acessos à Feira de Negócios e mais de 4.000 mil acessos de visitação aos estandes virtuais.
 
“O ano de 2020 foi bastante desafiador. A pandemia da Covid-19 atingiu nossos hospitais, tornando o dia a dia do nosso trabalho ainda mais difícil. Pensar em realizar o Congresso Fehosp de maneira online foi bastante ousado e ver o sucesso desta edição foi surpreendente. Sou eternamente grato a todos que participaram deste evento, que participaram do Congresso. Sem vocês nada seria possível”, afirmou Edson Rogatti, diretor-presidente da Fehosp.
 
O último dia do evento abordou o tema “Filantropia 4.0”, que destacou como as tecnologias têm sido transformadoras na área da saúde hospitalar.  O engenheiro Guilherme Rabello e gerente de inovação do Inova Incor abriu o dia debates. Ele apresentou exemplos de como integrar startups à cultura de empresas tradicionais, como os hospitais filantrópicos. A exposição foi moderada pelo presidente da TechTools, Jefferson Plentz.
 
“Às vezes há a dificuldade de aderir a cultura de uma startup, que pode conflitar com a empresa tradicional. Por isso é importante, que esse gap seja diminuído. É preciso olhar as vantagens enérgicas que as startups trazem e avaliar que elas são maiores que as dificuldades, desta forma, haverá negócio”, ressaltou Guilherme Rabello.
 
Na sequência, os congressistas puderam conferir o trabalho de três startups que atuam no setor da saúde, a Mindify, apresentada pelo CEO André Ramos; a Conexasaúde, apresentada pelo CEO Guilherme Weigert; e a Thermofay, apresentada pelo fundador Mayco Moreira.
 
O painel “Telemedicina ao alcance dos nossos hospitais” contou com a participação do líder do Grupo de Pesquisa em Telemedicina da FMUSP, Chao Lung e da advogada especializada em direito médico e hospitalar, Sandra Franco. O debate foi moderador pelo membro da Comissão do Congresso, Daniel Bonini.
 
“A telemedicina possibilita uma ampliação do acesso à saúde pelo paciente. Não apenas neste momento de pandemia, mas na normalidade, principalmente, em regiões em que faltam médicos. Esta modalidade tem grandes chances de crescimento, se houver um prontuário eletrônico, uma plataforma em que resultados de exames possam ser consultados, teremos redução de custos e benefícios para o hospital e paciente. Nesta metodologia, temos uma grande oportunidade de mudar o nosso sistema de saúde, com ética e segurança”, afirmou Sandra Franco.
 
Para Chao Lung, a telemedicina não substitui a medicina, ela se incorpora a medicina criando o conceito de medicina conectada. “A teleconsulta represente apenas 5% da telemedicina. Esta modalidade é muito maior do que a consulta online, ela envolve o monitoramento contínuo do paciente, o debate de casos entre médicos, entre outros pontos. A teleconsulta inicia uma cadeia de atendimentos e não encerra o contato com o paciente, esta é a primeira etapa para fazer um planejamento que acelere o tratamento dos pacientes”, comentou.
 
No painel “Enfim: mitos ou verdades?”, os convidados se aprofundaram no tema central do  29º Congresso Fehosp – Gestão na saúde filantrópica: Descontruindo mitos, consolidando verdades – e explanaram sobre as principais dúvidas que assolam a gestão hospitalar como se a expansão dos programas de acreditação irá resolver todos os problemas, se a inovação e tecnologia são os caminhos para a mudança, se falta gestão hospitalar na resolução da falta de recursos, entre outras.
 
Neste debate estiveram presentes o fundador e presidente do conselho do Lean Institute Brasil, José Roberto Ferro; o coordenador global da Lean Healthcare Innitiative, Flávio Battaglia; e a responsável pela implementação do Projeto Lean nas Emergências e Lean nos Centros Cirúrgicos através do Proadi SUS, Paloma Rubinato. O painel contou com os moderadores, Daniel Bonini, Antônio Azevedo e Rogério Bartkevicius, todos membros da Comissão Científica do evento.

“Os hospitais precisam de menos desperdícios, os profissionais precisam desenvolver uma capacidade de aperfeiçoar os processos e o paciente precisa de segurança. É isso que o sistema LEAN engloba e proporciona, através de uma gestão eficiente”, ressaltou Flávio Battaglia.
 
Para fechar a grade científica do evento, o Frei Francisco Belloti, presidente da Associação Lar São Francisco na Providência de Deus, foi o palestrante do painel “Navegar é preciso”. O Frei compartilhou sua experiência de gestão do Lar, apresentando suas articulações com a comunidade e poder público para o financiamento e funcionamento das operações do hospital e destacando o barco Papa Francisco. Com isso, O Frei mostrou aos participantes como é necessário e possível adotar práticas que contribuem para o crescimento da entidade.
 
Ao final do evento, Rogério Bartkevicius e o coordenador geral do evento, Murilo de Almeida agradeceram a presença de todos os participantes, o trabalho da Comissão Científica e da organização do evento e também o apoio das empresas patrocinadoras. 
 
“Foi uma semana de muito trabalho e profundas discussões e hoje saímos daqui felizes e muito satisfeitos. Formamos a maior rede de saúde do Brasil e salvamos milhares de vidas. Obrigado a todos”, finalizou Rogério. 
 


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