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AGRAVAMENTO DA EPIDEMIA ACELERA BUSCA DE RECURSOS PARA ABRIR LEITOS DE UTI EM SP
03/03/2021

O agravamento da epidemia do novo coronavírus está acelerando a busca de recursos para a abertura de centenas de novos leitos de UTI em SP. Os médicos do centro de contingência para a Covid-19, que se reuniram na terça (2), calculam que, se nada for feito, em duas semanas não haverá mais vagas nas redes hospitalares do estado.

CORRIDA

O consórcio que reúne as cidades do ABC Paulista acaba de pedir ao governo estadual que financie 110 novos leitos. Já a Prefeitura de SP inaugura, nesta semana, 100 novos leitos em hospitais de diferentes regiões da capital.

MAPA 

Segundo o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, eles estão distribuídos entre M’Boi Mirim, Tatuapé, São Miguel e Jabaquara.

RÉGUA  

A região do Grande ABC tem um índice de 33,1 leitos de UTI por 100 mil habitantes —maior que o do interior, com 18 leitos por 100 mil pessoas. Não desmobilizou a estrutura emergencial montada para a Covid-19 quando os casos começaram a cair. Mesmo assim, as UTIs estão lotadas, com algumas cidades registrando até 100% de ocupação.

PARA ONTEM  

Na carta ao governo, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que reúne sete cidades, diz que precisa abrir ainda mais leitos para “evitar o colapso iminente”.

NO MÁXIMO  

“A velocidade agora de disseminação do vírus está sendo tão grande que mesmo uma região com tantos leitos precisa de ainda mais, com urgência”, diz Paulo Serra, prefeito de Santo André e presidente do consórcio.

PIRÂMIDE  

“Não estamos vivendo a segunda onda do coronavírus, e sim uma nova pandemia. As variantes são mais agressivas e se disseminam com maior velocidade, em população jovem”, diz ele.

PIRÂMIDE 2  

No ano passado, no auge da epidemia, os internados em UTI com Covid na cidade tinham idade média de 67 anos. Agora, a metade deles tem entre 20 e 49 anos.

PIRÂMIDE 3  

A única cidade que mantém níveis aceitáveis de ocupação de leitos de UTI para Covid é São Caetano. Segundo Paulo Serra, a população de idosos na cidade é maior que a dos vizinhos —o que a levou a ter hoje 10% das pessoas já vacinadas, diminuindo, segundo diz, as internações.


Folha de S. Paulo