HOSPITAIS TÊM DÉFICIT DE 7,6 MILHÕES DE MEDICAMENTOS PARA COVID-19 NO PAÍS, REVELA ÍNDICE
05/04/2021
A Bionexo, healthtech especialista em soluções digitais para gestão em saúde, lança o inédito boletim que irá acompanhar a variação na demanda das instituições de saúde por medicamentos relacionados ao tratamento do Coronavírus no país.
Nesta primeira edição, o boletim analisou o período entre 08 e 19 de março. Na segunda semana do mês (8 a 12/03), houve um total de 7,63 milhões de medicamentos solicitados pelos hospitais do país e não atendidos pelos fornecedores – uma alta de 18% sobre o montante de itens da terceira semana de março (15 a 19/03), quando houve um déficit de 6,4 milhões de itens.
Além da falta de itens, o aumento de preços também é fator crítico para quem consegue comprar.
“A retomada forte das internações por conta da Covid pressiona a demanda por medicamentos associados com os cuidados aos pacientes. Como consequência direta desse movimento, os preços de alguns desses medicamentos voltaram a apresentar elevação rápida e substancial”, analisa Bruno Oliva, coordenador de pesquisas da FIPE.
O levantamento considera as movimentações do marketplace da Bionexo, multinacional brasileira que conecta mais de dois mil hospitais a mais de 20 mil fornecedores de medicamentos e suprimentos hospitalares Os medicamentos que apresentam maior déficit são: Tipoental Sodico; Articaina; Cisatracurio; Propofol; Albumina Humana; Atracurio; Cloreto de Potassio; Pancuronio.
Apesar do crescimento na demanda por medicamentos relacionados à Covid-19 no país, a quantidade de itens transacionados no período registrou uma queda de 60%, passando de 3,76 milhões para 1,50 milhão, o que reflete as dificuldades dos fornecedores do setor de saúde em atender a maior demanda das instituições hospitalares.
Em relação às regiões do País, o Estado de São Paulo apresenta o maior déficit de produtos em números absolutos, com mais de 5,6 milhões de itens solicitados e não atendidos. Considerando o total de pedidos realizados por região, os Estados de Santa Catarina, Espírito Santo, Tocantins, Maranhão e Ceará seguem na liderança, com mais de 23% dos pedidos não atendidos.
“Este nosso report busca analisar como a pandemia vem impactando a demanda por medicamentos relacionados à Covid-19, sobretudo nesta segunda onda de contágio observada inicialmente nos países europeus e agora no Brasil”, afirma Rafael Barbosa, Presidente da Bionexo. “Estamos oferecendo a nossa inteligência e banco de dados para contribuir com a sociedade no combate ao Coronavírus, fornecendo informações preciosas para auxiliar as instituições de saúde (compradores, fornecedores e distribuidores) na tomada rápida de decisões, de modo a antecipar crises e evitar a possível falta desses itens pelo país”, conclui.
Iniciativas Bionexo para contribuir com estoques seguros:
Semana 22 a 26/março
– A Bionexo abriu cotações internacionais nos demais países que a marca atua. Fornecedores da Argentina, Colômbia e México também estão com visibilidade da demanda do Brasil. Essas compras serão orquestradas pela Bionexo através de um modelo de compras coletivas com hospitais que aderirem ao projeto;
– Na primeira onda da Covid-19, a Bionexo criou, junto com a USP, uma calculadora para identificar qual o volume de compras recomendado para cada hospital. Agora, a mesma calculadora está sendo reformulada para dimensionar qual o nível de estoque seguro que os hospitais devem ter para os medicamentos do “kit intubação”. Este algoritmo recomenda qual o volume de compra de acordo com a demanda de cada hospital;
Iniciativas realizadas desde que a pandemia foi declarada:
– Suprimentos para hospitais públicos e filantrópicos: a Bionexo foi a plataforma oficial de compras do projeto “Salvando Vidas”, do BNDES, o maior matchfunding da história do país, que arrecadou mais de R$ 80 milhões para ajuda a hospitais públicos e filantrópicos de todo o país;
– Oxigênio para Manaus: em parceria com BNDES, CMB e Sitawi, a Bionexo mobilizou sua comunidade para levar oxigênio para Manaus no pico do desabastecimento na capital do Amazonas. Nosso time de Analytics conseguiu mobilizar qual fornecedor tinha estoque do material, fez a compra pelo projeto “Salvando Vidas” e em sete dias 100 cilindros de oxigênio abasteceram quatro hospitais da cidade;
– Usina de Oxigênio para Roraima: para conseguir melhor preço e agilidade, uma usina completa de oxigênio foi toda negociada pela plataforma da Bionexo. Eneva e o BNDES foram os responsáveis pela doação que viabilizou a construção da usina no Hospital Geral de Roraima.
Portal Hospitais Brasil