SANTA CASA DE ARARAQUARA REGISTRA QUEDA NOS CASOS DE COVID ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINADOS
09/04/2021
Após o início da vacinação dos profissionais de saúde de Araraquara (SP), em janeiro deste ano, a Santa Casa da cidade registrou queda no número de casos positivos de Covid-19 entre os funcionários.
Em julho de 2020, no auge da primeira onda, 66 profissionais de saúde do hospital foram infectados. Depois da vacinação, a Santa Casa permaneceu 28 dias sem nenhuma confirmação do novo coronavírus entre os colaboradores. No mês passado, em março, foram somente dois infectados.
Essa diminuição é reflexo da vacinação em massa dos funcionários. Ao todo, 980 colaboradores da Santa Casa, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, tomaram as duas doses da CoronaVac.
“Hoje nós podemos afirmar, através dos dados, que no período após a vacinação houve, drasticamente, uma queda no volume de infecção dos colaboradores. Isso contribui na proteção dos profissionais de saúde e também em uma melhor proteção dos pacientes”, disse o diretor da Santa Casa de Araraquara, Rogério Bartkevicius.
Situação epidemiológica
Além da queda do número de casos confirmados entre os profissionais de saúde, Araraquara registrou o terceiro dia na semana, sem mortes por Covid, de acordo com o boletim epidemiológico da prefeitura divulgado na quinta-feira (8).
Isso é reflexo do ‘lockdown’ decretado pelo prefeito Edinho (PT), em fevereiro deste ano, que estabeleceu medidas restritivas durante 10 dias, incluindo a fiscalização da circulação de pessoas, além do fechamento de postos de combustíveis e supermercados.
Com isso, desde o início da pandemia, a cidade soma 17.847 confirmações da doença, com 340 óbitos.
Alívio
A gerente assistencial da Santa Casa de Araraquara, Fernanda Gonçalves Fernandes, que coordena as equipes que estão na linha de frente no combate ao coronavírus, mostra com orgulho o cartão que comprova que recebeu as duas doses da Coronavac.
“Não tive reação. [Para mim], foi muito tranquilo [receber] as duas doses da vacina. Também houveram poucos relatos dos nossos funcionários com relação a reação a essas vacinas”, comentou.
A sensação é de alívio, pois, mesmo utilizando os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), os profissionais de saúde correm risco de infecção. E este foi o caso da Marcela Bonani, coordenadora de enfermagem da UTI Covid, que se contaminou no ano passado.
“Eu não tive sintomas muito graves. O que mais tive foi dor no corpo, dor para respirar, um desconforto muito grande. A partir do momento que a gente está trabalhando dentro do hospital, apesar do uso de EPIs, a gente corre risco. Mas foram 14 dias de isolamento que deram certo”, comemorou.
Agora, a coordenadora recebeu as duas doses da vacina e afirma que sente uma tranquilidade e uma segurança muito maior para trabalhar, mas frisa que é importante lembrar que o uso dos itens de proteção ainda é essencial.
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